Crítica | Robin Hood – A Origem promete novidade, mas entrega a mesma história

Nos últimos anos Hollywood tem reformulado contos clássicos conhecidos do grande público, mas já fazia algum tempo que Robin Hood, uma das histórias mais adaptadas para o cinema, não ganhava uma nova versão. Então em 2018, o diretor Otho Bathurt resolveu fazer um filme sobre a origem do conhecido arqueiro que rouba dos ricos para dar aos pobres.

Em Robin Hood – A Origem, Robin de Loxley (Taron Egerton) é um lorde completamente apaixonado por Marian (Eve Hewson), o casal está formando uma vida juntos quando ele é convocado para o exército. Anos mais tarde, Robin, um veterano de guerra, volta das Cruzadas e descobre que o lugar que costumava ser seu lar está caótico, que Marian está com outro homem e que o povo está na miséria por conta da ganância do Xerife de Nottingham (Bem Mendelsohn). Robin e seu amigo Yahya/John (Jamie Foxx) iniciam uma revolta contra a coroa e o clero corruptos que comandam o país.

O longa segue o estilo de João e Maria: Caçadores de Bruxas de 2013 e Rei Arthur: A Lenda da Espada de 2017, nos quais personagens clássicos ganham ar de filme de super-heróis. Logo no começo de Robin Hood – A Origem, temos cenas que remetem aos filmes sobre as guerras mais recentes do Afeganistão e Iraque, mas com arcos no lugar das armas de fogo, o exército inimigo tem até uma besta que funciona como uma metralhadora, soltando dezenas de setas em segundos. É durante a guerra que Robin conhece John.

Quando Robin volta para Nottingham e percebe que perdeu tudo que tinha, John reaparece como um mentor que ajudará o herói a se vingar do xerife. O plano deles é roubar o dinheiro do governo e igreja e repassar aos necessitados. Se tornando assim o Hood, que conhecemos das lendas. Porém, o Robin deste filme usa seu capuz como uma identidade secreta, mantendo seu título de nobre e as aparências do lorde Loxley para se infiltrar nos planos inimigos.

Taron Egerton convence no papel de Robin Hood, mas o filme é cheio de problemas. Um roteiro cheio de clichês, diálogos que chegam a dar vergonha e cenas românticas patéticas fazem com que a empolgação do espectador vá embora ainda nos primeiros minutos. O narrador promete logo no inicio do longa que veremos algo novo sobre o conhecido personagem, mas o filme entrega uma história que já conhecemos, sem grandes novidades.

Apesar de algumas boas cenas de ação, mais nada parece funcionar direito. Desde o figurino até as locações, os elementos simplesmente não se encaixam.  Robin Hood – A Origem é um filme completamente esquecível. Ainda vale mais a pena ver a versão com Russell Crowe de 2010 ou O Príncipe dos Ladrões de 1991.

1.5

Ruim

Apesar de algumas boas cenas de ação, mais nada parece funcionar direito. Desde o figurino até as locações, os elementos simplesmente não se encaixam.  Robin Hood – A Origem é um filme completamente esquecível.