Filme sobre clonagem humana não é nenhuma novidade em Hollywood, mas poucos causaram grande impacto, já que foram lançados aos montes, com um bebendo da fonte do outro. O último estava a poucos meses em cartaz, Cópias, estrelado por Keanu Reeves, que é melhor deixar no esquecimento.
Eis que Projeto Gemini surge como uma produção audaciosa da Paramount Pictures, trazendo grandes nomes. O longa de sci-fi/ação traz Ang Lee (As Aventuras de Pi) no comando, e Will Smith como protagonista. Produzido pelo experiente Jerry Bruckheimer, o longa aposta no uso do 3D+, tecnologia que permite uma visualização de 60 quadros por segundo – superando a taxa tradicional de quadros do cinema atual, de 24. A experiência que permite mais profundidade de campo é bastante válida, além do toque de classe de Lee. O cineasta taiwanês não é muito conhecido por filmes de ação, mas caprichou nos poucos que fez. O Tigre e o Dragão (2000) e Hulk (2003) apresentaram uma maneira diferente de apresentar ação para a época. Há quem goste ou não. Mas a câmera tremida deu espaço para tomadas mais artísticas e orquestradas.
Projeto Gemini repete a mesma fórmula de outros filmes de ação, mas com o uso do 3D+, estamos diante de sequências alucinantes de tirar o fôlego. O diretor busca ângulos diferentes, que acontecem muito em jogos de videogame. Quando a câmera coloca Will Smith em primeira pessoa, é possível sentir a tensão do protagonista de uma forma que pouco é sentida em filmes do gênero.
A trama é simples, nada de extraordinário. Will Smith interpreta Henry Brogan, um experiente e letal assassino de elite. Para sua surpresa, Henry se torna alvo dos chefes que o contrataram. E o rival é sua versão 30 anos mais jovem, que está pronto para elimina-lo. O filme segue a disputa da experiência x juventude. Com a ajuda de Danny (Mary Elizabeth Winstead) e Baron (Benedict Wong), Henry busca descobrir os segredos de um projeto secreto e perigoso arquitetado por Clay Verris (Clive Owen).
Projeto Gemini replica o estilo de se fazer ação dos filmes Jason Bourne e Missão Impossível, com sequências de ação práticas e muitas perseguições. E a produção faz o bom uso dos belos cenários de Budapeste e Cartagena. Mas, o destaque fica para a versão mais jovem de Will Smith, inspirada no ator dos tempos da série Um Maluco No Pedaço. O resultado é uma mistura de verossimilhança e nostalgia, com uma tensão para ver os dois se enfrentando. O longa cria uma atmosfera instigante, mas não esperem muita ação. Lee aposta em diálogos e nos perigos quando o homem supera os desafios da ciência.
Percebendo o potencial existente, a Paramount não pensa duas vezes em abrir espaço para uma continuação de Projeto Gemini. Ao final, o longa proporciona uma experiência realista, alucinante e muito divertida, quando Will Smith aproveita seu timing cômico para divertidas piadas sobre sua versão mais jovem. Algo que muitos fariam se deparassem com uma versão 30 anos mais jovem.
Bom
Percebendo o potencial existente, a Paramount não pensa duas vezes em abrir espaço para uma continuação de Projeto Gemini. Ao final, o longa proporciona uma experiência realista, alucinante e muito divertida, quando Will Smith aproveita seu timing cômico para divertidas piadas sobre sua versão mais jovem. Algo que muitos fariam se deparassem com uma versão 30 anos mais jovem.