Crítica | Predadores Assassinos

Reprodução/Paramount Pictures/Sergej Radovic

Alexandre Aja ficou marcado pelo terror trash, como filmes como Piranha (2010), aquele longa que mais diverte pelas cenas exageradas do que assusta. Em Predadores Assassinos, o diretor cria uma atmosfera tensa e aproveita com eficiência o cenário para tirar sequências de tirar o fôlego. Será impossível ficar quieto ou calmo com os 87 minutos eletrizantes de uma narrativa direta e simples.

Produzido por Sam Raimi (A Morte do Demônio), a trama segue um enorme furacão atingindo a Flórida. Haley (Kaya Scodelario) ignora as ordens das autoridades para deixar a cidade e vai em busca de seu pai desaparecido (Barry Pepper). Ao encontrá-lo gravemente ferido, os dois ficam presos na inundação. Enquanto o tempo passa, Haley e seu pai descobrem que o aumento do nível da água é o menor dos seus problemas. Dois crocodilos estão na espreita para ataca-los.

No que deveria ser um local seguro, a residência de Haley se torna o local mais perigoso da cidade inundada, um alvo fácil para os predadores.

Apesar do título nacional clichê, que pode afastar muita gente de conferir a produção, Predadores Assassinos submete a sequências bastante criativas, que exploram o pânico de Haley e de seu pai. Kaya Scodelario interpreta com propriedade uma jovem que luta pela sobrevivência. Utilizando suas habilidades em natação graças ao pai, Haley utiliza as ferramentas que tem a disposição para escapar dos crocodilos. Além disso, precisa manter o pai gravemente ferido com vida.

Toda essa avalanche de adrenalina e tensão consegue prender o público do início ao fim. No primeiro ato, até parecia que estávamos diante de mais um filme de terror barato. Mas, Alexandre Aja entrega um baita suspense. A sequência final vai deixar muito espectador sufocado e preso na cadeira, com jump-scares bem utilizados. E, como não podia faltar em um filme de Aja, há momentos gore e trash para os fãs do gênero.

Por fim, Predadores Assassinos é o longa mais criativo de Alexandre Aja, que realizou seu melhor filme utilizando de tão pouco. Bastou apenas uma casa comum para criar um dos melhores suspenses do ano.

4

Ótimo

Por fim, Predadores Assassinos é o longa mais criativo de Alexandre Aja, que realizou seu melhor filme utilizando de tão pouco. Bastou apenas uma casa comum para criar um dos melhores suspenses do ano.