Crítica | Poltergeist – O Fenômeno

33 anos depois, Poltergeist – O Fenômeno ganha uma refilmagem da conceituada produção de Steven Spielberg dirigida por Tobe Hooper. Sob o comando de Gil Kenan (A Casa Monstro), o remake ganha uma atualização necessária e que durante a metade do filme conseguiu êxito. Contudo, o longa carece do terror do filme de 1982, muito por conta da produção ter uma censura menor.

A trama apresenta a família formada pelos ótimos Sam Rockwell e Rosemarie DeWitt e seus dois filhos pequenos. Obrigados a mudar de residência por problemas financeiros, acompanhamos a construção familiar com direitos a brincadeiras e zoações, mas parecendo um longa de comédia. Mas, tudo é apenas um pano de fundo para o que vem a seguir. A pequena Maddie demonstra um comportamento estranho percebido instantaneamente pelo irmão vivido por Kyle Catlett. Suas várias tentativas de avisar seus pais são frustradas, até quando fenômenos assustadores começam a assombrar a casa e a pequena garota é raptada por seres sobrenaturais misteriosamente.

Com a inserção de brinquedos possuídos e uso da tecnologia, como por exemplo, drones e tablets, Poltergeist utiliza técnicas semelhantes de filmes como Invocação do Mal, Sobrenatural e Annabelle. O erro está em ser explícito demais. Enquanto o longa original criava um ambiente repleto de mistério, o que gerou um clima assustador, o inferno é logo apresentado e os demônios são vistos claramente.

O roteiro apresenta uma oscilação, que pode ser intencional ou não. Há cenas que ficam no meio termo entre o humor e o terror. Na verdade, terror não é uma boa classificação para o remake por conta disso. O longa ainda difere quando apresenta clichês desnecessários com a presença do personagem Carrigan Burke (Jared Harris): aquele que vai explicar o que está acontecendo na casa usando as piadas mais gastas do gênero.

Se o terror decepciona, o elenco do filme está superior. O grande destaque vai para o garoto Kyle Catlett, que se apresenta durante o filme como o verdadeiro protagonista.

Com o bom uso dos efeitos especiais em seu ato final, Poltergeist – O Fenômeno oferece uma refilmagem regular e que aproveita seu bom elenco, o grande destaque deste longa. No mais, vale a sessão no cinema.

  • Bom
3

Resumo

Com o bom uso dos efeitos especiais em seu ato final, Poltergeist – O Fenômeno oferece uma refilmagem regular e que aproveita seu bom elenco, o grande destaque deste longa. No mais, vale a sessão no cinema.