Crítica | Pets – A Vida Secreta dos Bichos vai cativar a criançada com muita fofura e diversão

Com Toy Story, a Pixar nos ensinou o amor e gratidão que deveríamos ter com nossos brinquedos, que estão sempre ali, de alguma forma, fazendo parte do amadurecimento de uma criança. A trilogia apresentou o ponto de vista dos brinquedos, enquanto não estavam com seus donos.

Seguindo um modelo similar, a Illumination Entertainment apresenta Pets – A Vida Secreta dos Bichos, que mostra a visão dos bichinhos de estimação e, o que eles fazem durante a ausência de seus donos. Diferente da Pixar, que se aprofunda mais nos conceitos estabelecidos em suas produções, a Illumination Entertainment segue a mesma linha de Meu Malvado Favorito, apresentando uma história despretensiosa e divertida. Os personagens são carismáticos e fofos, se envolvem em confusões, em meio a piadas prontas e algumas referências pontuais. Infelizmente, todos os trailers exibidos do filme da dupla Yarrow Cheney e Chris Renaud, já entregaram todo o barato da história.

Escrito por Brian Lynch, Cinco Paul e Ken Daurio, a trama acompanha Max, um cachorrinho que mora em um apartamento de Manhattan. Quando sua dona traz para casa um viralata atrapalhado chamado Duke, Max não curte a ideia de ter mais um bichinho dividindo o mesmo espaço que ele. Mas logo, eles vão ter que colocar as diferenças de lado, pois um coelhinho branco adorável chamado Bola de Neve está construindo um exército de animais abandonados determinados a se vingar de todos os pets que tem dono.

A linha narrativa de Pets – A Vida Secreta dos Bichos estabelece um ritmo frenético, algo bem corriqueiro em produções da atualidade. Em muitos filmes, principalmente animações, há uma falta do que podemos dizer, de saborear o filme. Tudo é sempre muito rápido e agitado, quando se pode desenvolver mais o enredo e aproveitar o potencial que ele tem. Neste longa, há uma interessante discussão que poderia ter sido melhor desenvolvida a respeito de animais abandonados e, o valor que se dá somente ao pets colocados à venda em lojas. O filme passa rápido por esse tema, se prendendo mais na diversão e em arrancar risadas do público infantil.

A produção apresenta uma dublagem nacional regular com o experiente Danton Mello (Max), o mesmo não podendo se dizer de Tatá Werneck (Gigi), Tiago Abravanel (Duke) e Luís Miranda (Bola de Neve). Por fim, nada de especial nas vozes nacionais dos animais.

Pets – A Vida Secreta dos Bichos é um bom filme para a criançada, que deve sair da sala de cinema com muita vontade de ter seu bicho de estimação. Caso já tenha, vai passar a ter mais atenção e carinho com esses nobres companheiros do homem.