Oito Mulheres e um Segredo Oito Mulheres e um Segredo

Crítica | Oito Mulheres e Um Segredo é uma ótima releitura do clássico de 2001

Oito Mulheres e Um Segredo. É praticamente impossível não lembrar do filme de George Clooney e Brad Pitt ao ler o título da nova produção de Sandra Bullock e Cate Blanchett. Por analogia, o que tem-se afinal, são três pessoas a menos e uma mudança no gênero dos protagonistas. Mas as referências estão longe de acabar no nome do filme (Ocean’s 8 em inglês). Desde pequenos detalhes até alguns mais explícitos, o longa pode ser considerado uma homenagem ao clássico de 2001. Oito Mulheres e Um Segredo é acima de tudo, uma ótima releitura da produção original.

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Oito Mulheres e um Segredo

Após cinco anos, Debbie Ocean (Bullock) finalmente consegue sair da prisão. Antes de mais nada, ela vai visitar o túmulo do irmão Danny. Diante da realidade de ter perdido o irmão, ela resolve fazer-lhe uma homenagem àquilo pelo qual seu nome era conhecido. E qual a melhor forma de honrar o nome da família, do que fazer aquilo que fazem de melhor?

Assim como o irmão, Debbie é gananciosa em seus desejos. Mesmo que tenha saído da prisão recentemente, ela planeja executar o assalto do século durante o Met Gala. O Baile do Met é um dos eventos mais aguardados do ano nos Estados Unidos. Ele reune em um lugar só celebridades, modelos, estilistas e outros grandes nomes do mundo da moda. Não é de se surpreender que Debbie o tenha escolhido como alvo de seu plano: roubar jóias no valor de 150 milhões de dólares. É provável que o valor soe familiar, afinal, é o mesmo valor do roubo planejado por Danny Ocean em 2001.

Com a ajuda da amiga Lou (Blanchett), ela consegue reunir um grupo de mulheres dispostas a tudo para terem alguns milhões de dólares adicionados a conta bancária. Juntas, elas procuram arquitetar o plano perfeito para o roubo perfeito. Os detalhes são planejados minuciosamente, e como resultado, temos o que é mostrado na tela.

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O Elenco

A equipe formada por Debbie e Lou conta com as mais diversas personalidades. Nine Ball (Rihanna), Amita (Mindy Kaling), Constance (Awkwafina), Rose (Helena Bonham Carter), Daphne Kluger (Anne Hathaway) e Tammy (Sarah Paulson) dão a impressão de que nasceram para trabalhar juntas.

Bullock e Blanchett são as líderes da equipe, mas não demoram para cederem o lugar de destaque para outras duas. Helena e Hathaway estão sublimes, cada qual de sua maneira. Através de trejeitos e expressões, transformam suas personagens nas melhores dentre o elenco principal. Isso não significa, porém, que todo o trabalho das outras seja dispensável. A escolha do elenco foi minuciosa, mas o diretor Gary Ross acertou em cheio. É engraçado ver Sarah Paulson exercendo o papel de uma “dona de casa” simples, e a partir do momento em que sua personagem se revela, impressiona a versatilidade da atriz.

Rihanna e Awkwafina saem de suas zonas de conforto com tamanha desenvoltura. O grande público da cantora dessa vez são as câmeras, e ela as entretém com facilidade. Awkwafina certamente encontrou a forma de ser ela mesma dentro do filme. Ela é responsável por boa parte das gargalhadas do público, com seu jeito desleixado e irônico. Finalmente, Mindy Kaling completa o elenco de forma sútil, uma mente calma em meio ao turbilhão de mulheres com quem convive.

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O que achamos?

Há 17 anos, Onze Homens e um Segredo conquistava o público pelas sacadas geniais, piadas oportunas e o charme dos criminosos que o protagonizavam. O sucesso foi tanto que rendeu ao filme outras duas continuações, boas, mas nada como a trama original. Embora a premissa de Oito Mulheres e um Segredo seja extremamente parecida com o filme de 2001, tal semelhança em nada atrapalha o espectador. O longa tem suas próprias particularidades que o tornam divertido e gostoso de assistir. Apesar de todo o clima tenso envolvendo o roubo, é a atuação individual de cada protagonista que merece destaque. Sem elas, o resultado seria apenas uma versão feminina do clássico de anos atrás.

Oito Mulheres e um Segredo encontrou a maneira exata de fazer referências. Muitos dos momentos icônicos de 2001 foram recriados. A cena inicial por exemplo, logo nos dá uma dica do que vem por aí, uma vez que ambos os filmes começam com um Ocean prestes a sair da prisão. Uma das duas líderes do grupo também busca vingança de um antigo amor, vivido por Julia Roberts na trama original. Até mesmo pequenos detalhes fazem uma espécie de homenagem ao longa de anos atrás. Temos de volta os sensores a laser, um asiático contorcionista e um pedaço do roubo depositado no bolso. Foi tudo brilhantemente pensado!

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Oito Mulheres e um Segredo

O filme reencontrou a fórmula de sucesso que o original já havia feito anos atrás. De suas próprias maneiras, as oito mulheres que agora são a nossa nova versão favorita de criminosas, mantém o público preso na tela durante todos os quase 120 minutos de duração. O entretenimento é tamanho, que nos pegamos esperando por uma cena pós crédito ou algo que indique uma continuação. Infelizmente ainda não há. Com suas ótimas referências e acima de tudo, suas particularidades geniais, a produção certamente é um destaque positivo no cenário cinematográfico.

Não podemos deixar de citar também, a importância de termos um clássico estrelado por homens anos atrás, agora interpretado completamente por mulheres. E não são atrizes aleatórias, mas sim nomes emblemáticos do universo atual de Hollywood. Esperamos que o filme tenha uma continuação, afinal, precisamos saber o que foi feito com tanto dinheiro!

Oito Mulheres e um Segredo chega aos cinemas no próximo dia 7 de junho.

  • Muito Bom
4

Resumo

Oito Mulheres e um Segredo reencontrou a fórmula de sucesso que o original já havia feito anos atrás. De suas próprias maneiras, as oito mulheres que agora são a nossa nova versão favorita de criminosas, nos fazem esperar por uma cena pós crédito ou algo que indique uma continuação.

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