Crítica | O Retorno de Mary Poppins preserva a magia do longa original

Mary Poppins ainda continua uma obra sublime da Disney. Lançado em 1964, o longa estrelado por Julie Andrews e Dick Van Dyke ainda aquece os corações mais nostálgicos. Ainda é possível se encantar com as performances musicais como “A Spoonful of Sugar” ou “Supercalifragilisticexpialidocious”. O mais puro cinema está presente ali.

O Retorno de Mary Poppins é uma sequência que se ambienta 25 anos depois. Contudo, a mais nova produção da Disney se mantém presa e se acomoda na história original. As lições, os musicais são praticamente os mesmos. Por outro lado, o filme dirigido por Rob Marshall (Chicago) parecerá vibrante e novo para o público atual que não viu o longa de 1964. Funciona como ponto de partida para visitar a clássica história de Pamela Lyndon Travers.

O Filme

Na trama, Michael Banks (Ben Whishaw) agora tem três filhos – Anabel (Pixie Davies), John (Nathanael Saleh) e Georgie (Joel Dawson). No entanto, após a doença de sua falecida esposa, Michael é forçado a fazer um empréstimo na casa, e ele não tem condições financeiras para isso. Enquanto ele procura desesperadamente por certificados de ações antigos que podem ser valiosos o suficiente para salvar sua casa, Mary Poppins (Emily Blunt) volta para a vida da família Banks e leva as crianças em algumas aventuras com a ajuda de seu amigo Jack. Manuel Miranda), um acendedor de lampiões. Enquanto isso, Jane Banks (Emily Mortimer) se encontra na luta pelos direitos das mulheres de votar, seguindo os passos da mãe.

Emily Blunt

Tarefa difícil da atriz destaque neste ano por Um Lugar Silencioso substituir Julie Andrews. Contudo, Emily Blunt é charmosa o suficiente para evitar quaisquer comparações. Sua versão de Mary Poppins ainda é gentil e doce, porém um pouco mais ousada e, de humor afiado e contundente. Uma pena que a atriz fica presa em um roteiro conservador que não manteve o mesmo nível do brilho de seu desempenho.

O que achamos?

O Retorno de Mary Poppins não manteve o mesmo nível de criação de seu antecessor. As cenas musicais são bem conduzidas com o sempre ótimo Lin‑Manuel Miranda, mas não empolgantes. O longa preferiu condicionar o que deu certo, sem ousar um pouco mais e expandir o universo da história. Ao final, permaneceu na sombra de seu antecessor. Mesmo com a performance apaixonante de Emily Blunt, será um filme fadado a desaparecer da memória no instante em que os créditos finais terminarem.

3

Bom

O longa preferiu condicionar o que deu certo, sem ousar um pouco mais e expandir o universo da história. Ao final, permaneceu na sombra de seu antecessor. Mesmo com a performance apaixonante de Emily Blunt, será um filme fadado a desaparecer da memória no instante em que os créditos finais terminarem.