Crítica – O Protetor

O Protetor

O Protetor marca a nova parceria entre o ator Denzel Washington e o cineasta Antoine Fuqua, que rendeu o Oscar de melhor ator por Dia de Treinamento. O longa é uma adaptação da conhecida série The Equalizer, produzida pela CBS durante quatro temporadas nos anos 80. Estrelada por Edward Woodward, a série acompanhava um ex-agente misterioso com um passado sombrio, mas que ajudava pessoas com problemas. A série tinha como elementos misturar espionagem com cenas de ação eletrizantes.

A versão para o cinema, que está sendo encarada como uma potencial franquia, mais pareceu um grande piloto para uma série de TV. É inegável que Fuqua desempenha um trabalho de direção competente, se preocupando em cada detalhe, mas faltou atrativos que justificam uma franquia de cinema.

A trama é praticamente a mesma da série de TV, Washington vive Robert McCall, um ex-agente vivendo uma vida comum e tranquila. Ele é forçado a voltar para a antiga vida quando a jovem prostituta Teri (Chloë Grace Moretz) se torna vítima da violência de mafiosos russos. McCall decide ir atrás dos responsáveis no maior estilo justiceiro que faz justiça com as próprias mãos.

Conhecido por outros papéis do gênero, Denzel Washington desempenha a mesma persona de Chamas da Vingança, de Tony Scott. A interpretação e a motivação são praticamente semelhantes: um sujeito durão que amolece quando uma jovem garotinha está em perigo. Isso poderia soar ruim, porque é basicamente o mesmo filme que estamos vendo. Contudo, o experiente ator não decepciona entregando aquilo que o público desse tipo de filme espera.

Fuqua aposta na violência (há muitas sequências sangrentas e de tortura) e apresenta um visual anos 80 durante as sequências. Contudo, a narrativa peca durante o transcorrer apresentando um ritmo lento. O grande problema de O Protetor está na transformação de McCall quando Teri é violentada. Em todo o momento, o filme sente a necessidade de mostrar que McCall é um homem perigoso e sempre mostra o personagem como uma espécie de Batman capaz de atos impossíveis para um sujeito comum, como cronometrar o que vai fazer durante durante uma ação. Se foi para mostrar que McCall é um sujeito implacável, mais pareceu algo para não se levar a sério.

Com Denzel Wasghinton sendo o centro das atenções, pouco pode ser visto do restante do elenco. Chloë Grace Moretz tem uma participação pequena, e que poderia ser melhor trabalhada durante o filme.

No mais, O Protetor não é um filme inesquecível e que vai marcar mais uma grande parceria entre Denzel Washington e Antoine Fuqua. É um bom filme, mas que sofre por ser datado e seguir algo já bastante visto outrora.

  • Bom
3

Resumo

O Protetor não é um filme inesquecível e que vai marcar mais uma grande parceria entre Denzel Washington e Antoine Fuqua. É um bom filme, mas que sofre por ser datado e seguir algo já bastante visto outrora.