Crítica | O Exterminador do Futuro: Gênesis

Depois que James Cameron deixou a franquia O Exterminador do Futuro de lado após o filme de 1992, dois filmes foram realizados sem sua autoria e foram bastante problemáticos. Com os direitos agora nas mãos da Paramount, uma nova trilogia está sendo desenvolvida. O Exterminador do Futuro: Gênesis é o primeiro passo deste reinício, aproveitando o que de melhor foi realizado nos dois primeiros filmes, os melhores da série.

Com Alan Taylor (Thor – O Mundo Sombrio) no comando, o longa estabelece uma alteração na linha temporal quando T-800 (Arnold Schwarzenegger) havia sido enviado para matar Sarah Connor. Perdendo a guerra para John Connor (Jason Clarke), as máquinas buscam uma alternativa de matar a jovem Sarah. Rapidamente John envia seu parceiro Kyle Reese (Jai Courtney) para salva a inocente garçonete. Contudo, Reese volta para 1984 e encontra a jovem (agora interpretada por Emilia Clarke) treinada pelo T-800 alterado para o bem e carinhosamente chamado de Papi. O androide já havia sido enviado quando Sarah ainda era uma menina. Entre as mudanças que alteraram a jornada dos personagens, Reese se dá conta que durante sua viagem no tempo, John Connor foi atacado e todo o futuro será alterado.

Para quem não conhece a franquia, é necessário ter acompanhado apenas os dois primeiros filmes, já que os dois últimos foram esquecidos devidamente pela Paramount. Muitas referências e homenagens foram bem inseridas. Até icônicas cenas como a chegada do T-800 no longa de 1984 foram recriadas e trazem uma sensação de nostalgia.

Entre as novidades desta produção está o olhar por dentro das viagens do tempo, algo nunca visto com profundidade nos outros filmes. Buscando atrair tanto os fãs antigos quanto os novos, o longa aproveita a popularidade de Emilia Clarke (a Khaleesi da série Game of Thrones) que não desaponta. Assim como Linda Hamilton, no original, a bela atriz britânica desempenha com eficiência a força e independência de Sarah Connor. A relação paternal com T-800 rendem interessantes momentos cômicos, algo pouco comum na franquia. Schwarzenegger faz piada de si mesmo, quando fala “que está velho, mas não obsoleto”. O sessentão ainda prova que está em plena forma voltando ao peso quando interpretou o personagem aos 37 anos. O ator também proporciona uma incrível cena de ação quando encontra a sua versão mais jovem.

Outra grata surpresa é a presença de Jai Courtney. O ator australiano vem participando de importantes franquias (Duro de Matar, A Saga Divergente e Esquadrão Suicida) mais por ter ao seu lado um importante agente do que competência em tela. Mas finalmente o ator corresponde e forma uma importante trindade ao lado de Clarke e Schwarzenegger. Quem decepciona é Jason Clarke que pouco tem a oferecer como John Connor e sua presença no filme foi lamentavelmente desvendada pelo marketing da produção, no que poderia ter sido a importante revelação da fita.

O roteiro de Laeta Kalogridis e Patrick Lussier deixa algumas pontas soltas com intuito de justificar a continuação já confirmada outrora. A direção de Taylor é discreta beirando a sequências razoáveis de ação. Muitas vezes, são cenas apenas recriadas do original. A falta de experiência pesou para o diretor.

  • Bom
3

Resumo

O roteiro de Laeta Kalogridis e Patrick Lussier deixa algumas pontas soltas com intuito de justificar a continuação já confirmada outrora. A direção de Taylor é discreta beirando a sequências razoáveis de ação. Muitas vezes, são cenas apenas recriadas do original. A falta de experiência pesou para o diretor.