Crítica | A Morte do Superman é uma boa adaptação com foco no lado emocional

A Morte do Superman foi um arco de histórias em quadrinho escritas por Dan Jurgens e publicado pela DC pela primeira vez em 1992. Obviamente o título já entrega o que acontece, então não podemos realmente chamar de spoiler. O Superman entra em combate conta um vilão imbatível chamado Apocalypse, após o monstro derrubar toda a Liga da Justiça e resta apenas um herói que pode defender Metrópolis – Superman e Apcalypse lutam ferozmente até ambos morrerem. Mais para frente, foi lançado O Retorno do Superman, no qual o herói volta à vida.

A história já havia sido adaptada para o cinema em 2007 – uma animação também chamada de A Morte do Superman. Também vimos parte da premissa sendo apresentada no live action Batman vs Superman: A Origem da Justiça de 2016. Agora, como uma forma de homenagem aos 80 anos de um dos heróis mais queridos do mundo, a Warner Bros. resolveu lançar mais uma versão animada da famosa história em quadrinho.

A Morte do Superman foi lançado exclusivamente em vídeo e tem como objetivo dar uma nova cara para a história clássica ao mesmo tempo que a integra no novo universo de animações da DC. No filme dirigido por Sam Liu e Jake Castorena um asteroide atravessa a atmosfera da Terra e segue caminho até o fundo do oceano, dentro dele está uma criatura imbatível, a imprensa apelida o monstro de Apocalypse. A criatura vai em sentido a Metrópolis, deixando um rastro de destruição em seu caminho. Portanto, fica por conta de Batman, Mulher-Maravilha, Flash, Ciborgue, Lanterna Verde e outros membros da Liga da Justiça lidarem com ele. Porém, as coisas se complicam e o Super-Homem entra em cena para salvar o dia.

Apesar das mudanças em relação aos quadrinhos, A Morte do Superman consegue manter a essência da história, que nunca foi sobre a morte em si, mas sobre a forma que o herói inspira admiração e esperança nas pessoas e o quanto ele se importa com elas – o que torna sua morte ainda mais dolorosa. Outro ponto positivo da mudança em relação aos quadrinhos foi trocar os personagens da Liga da Justiça menos conhecidos como Gelo, Fogo e Guy Gardner por personagens com os quais o grande público pode se identificar, como a Mulher-Maravilha, Flash e Aquaman. A nova animação dá um tom mais dramático aos personagens e foca mais no lado emocional, mas ainda assim é uma das adaptações mais fiéis.

O filme também mostra a importância de personagens como Martha e Joanthan Kent e Lex Luthor na vida do Superman – mas a relação mais explorada é com a colega de trabalho e namorada Lois Lane, mas ao contrário dos quadrinhos, a questão que rodeia o casal é que Lois não conhece a real identidade de Clark na animação. Porém, poderiam ter se aprofundado um pouco mais nas relações pessoais, principalmente em relação aos pais de Clark Kent. Outro pequeno problema são as tentativas de humor do próprio Superman, que ficaram forçadas já que ele não possui uma personalidade naturalmente cheia de humor como a do Flash. Mas, apesar das pequenas falhas, o filme possui um bom roteiro, boas cenas de ação e um trabalho de dublagem decente.

A Morte do Superman já está disponível nas plataformas digitais para aluguel ou compra (que inclui alguns extras). A animação não será exibida em cinemas ou vendida em mídia física. A continuação, que se chamará Reign of the Supermen, será lançada em 2019.

  • Bom
3

Resumo

A Morte do Superman, apesar das mudanças, é uma boa adaptação dos quadrinhos homônimos e consegue focar mais no lado emocional do protagonista e na sua importância para as outras pessoas, sem deixar de lado a ação.