Crítica | Meu Malvado Favorito 3 é mais uma ótima adição para a franquia

Divulgação/Universal

A franquia de Meu Malvado Favorito é definitivamente um dos maiores acertos da Universal. Em um universo recheado por outras grandes produções de animação, criar algo novo, original e que faça sucesso é basicamente uma missão impossível, resultando em diversas sagas com um filme só. Desde 2010, Meu Malvado Favorito vem arrematando uma legião de fãs. Desde os mais novos aos adultos fãs de filmes de heróis, independente da preferência individual de cada um somos obrigados a admitir que o que vemos é bom – ou ao menos engraçado. A produção da Illumination Entertainment foi tão bem aceito pelo público que ganhou uma sequência em 2013 (Meu Malvado Favorito 2), um derivado em 2015 (Os Minions, voltado especificamente para os pequenos seres amarelos que tanto gostamos) e ganhará um terceiro volume no próximo dia 29 de junho, cerca de sete anos depois da primeira estreia nas telas.

Para quem nunca ouviu falar do filme (saia da bolha, vale a pena!), a trama narra a vida de Gru e sua busca pela felicidade, mesmo que para isso tenha de roubar a lua ou o maior diamante do mundo. Com tendências a vilania, ele vê seu mundo virar de cabeça para baixo ao descobrir um sentimento desconhecido até aquele momento: amor. Por meio do afeto e do carinho de três menininhas: Margo, Edith e Agnes, órfãs em busca de uma família, Gru (voz de Leandro Hassum em português, e Steve Carell no original) é obrigado a admitir que suas prioridades mudaram e ele se tornou um pai. No segundo filme a família aumenta ainda mais com a chegada de Lucy (voz de Maria Clara Gueiros em português e Kristen Wiig no original) ao coração do vilão, por quem ele logo se apaixona e abandona de vez a vida do crime. Em Meu Malvado Favorito 3, uma nova adição chega para somar ainda mais amor ao casal, suas três filhas e o exército de criaturinhas amarelas. Gru descobre ter um irmão gêmeo, Dru, e o paradoxo entre a personalidade dos irmãos é o que move o filme.

Divulgação/Universal

A forma de comédia orgânica e não forçada é o que atrai o espectador desde o primeiro filme, e ela permanece intacta na nova produção. Sem “forçar a barra”, os diretores Pierre Coffin Kyle Balda conseguiram arquitetar um roteiro atrativo para diferentes faixas etárias, com muitas cores para as crianças e referências para os mais velhos. Mesmo sendo uma animação, não espere encontrar um filme bobo e longo, mas sim algo extremamente divertido e gostoso de se assistir. Meu Malvado Favorito 3 é daqueles filmes que nos faz ficar com um sorriso estampado no rosto do início ao fim e transcorre de maneira fluida e leve.

As divergências entre Gru e Dru vão muito além da inicial de seus nomes, e mesmo tendo opiniões (muito) diversas, os dois acham uma maneira de se dar bem e aproveitam a chance de ter mais um membro em suas pequenas famílias. Enquanto Dru é rico, de cabelos lisos, loiros e volumosos, Gru vive no mesmo covil de sempre ao lado de sua mulher e filhas. As breve subtramas que se desenvolvem ao redor do conteúdo central corroboram para a composição final dos personagens, tirando o foco das figuras principais lhes dando o foco necessário para não se tornar algo chato e maçante. A busca pelo reconhecimento da maternidade de Lucy pelas meninas, o abandono dos Minions e sua ida para a cadeia – a melhor parte do filme, na minha opinião -, e a infância de Balthazar Bratt resultam num arco de cenas ótimas e importantes para o desenvolvimento da trama.

Divulgação/Universal

Uma vez que o lado vilanesco de Gru ficou nas duas primeiras produções, um novo vilão a altura teve de ser criado e por mais que não seja nem de longe tão engraçado quanto Gru, ele cumpre o papel necessário. Bratt é cafona, engraçado e extravagante, com um visual inspirado nos anos 80, e parece que foi feito especialmente para os pais. Ao ritmo de grandes hits como Michael Jackson e A-HA, o dançarino usa brinquedos e músicas da época para arquitetar seus planos diabólicos. As referências não serão compreendidas pelos mais novos, mas certamente irão trazer a atenção dos adultos para as telas.

 

Divulgação/Universal

Em suma, Meu Malvado Favorito 3 traz um pouco do mesmo dos filmes anteriores, mas consegue nos fazer rir e ainda surpreende com referências para o público adulto. Os Minions continuam fofos e amarelos, mas veremos um lado “bad boy” deles que não conhecíamos. O principal objetivo do filme é cumprido: agradar a todos que o assistem, desde crianças a adultos, mas sem se tornar uma produção monótona e repetitiva.

4

Ótimo

Qual a melhor maneira de aproveitar mais um personagem amado pelas pessoas? Fazê-lo ter um irmão gêmeo com personalidade completamente diferente! Meu Malvado Favorito 3 traz um pouco do mesmo dos filmes anteriores, mas consegue nos fazer rir e ainda surpreende com referências para o público adulto. Os Minions continuam fofos e amarelos, mas veremos um lado “bad boy” deles que não conhecíamos. O principal objetivo do filme é cumprido: agradar a todos que o assistem, desde crianças a adultos, mas sem se tornar uma produção monótona e repetitiva