Crítica | Melhor que o antecessor, Homem-Formiga e a Vespa é entretenimento puro!

Depois da enorme carga emocional e muitos lenços molhados após Vingadores: Guerra Infinita, era necessário um filme menos intenso para recuperar o fôlego e preparar a audiência para 2019. Homem-Formiga e a Vespa foi a escolha ideal. A sequência do filme de 2015 é entretenimento puro. Porém, o filme vai além do mero ser engraçado. Há elementos dramáticos bem introduzidos e as consequências das escolhas feitas por seus protagonistas.

O primeiro filme sofreu com as divergências do diretor Edgar Wright, que queria um conceito mais científico da película. Isso motivou sua saída e a entrada de Peyton Reed, que se mostrou o diretor correto para a produção. Redd entendeu a mensagem da Marvel Studios em trazer o conceito família em seus projetos. Homem-Formiga e a Vespa é um filme mais consistente e com um roteiro redondo em colaboração com Paul Rudd, Chris McKenna, Erik Sommers, Andrew Barrer e Gabriel Ferrari. O primeiro filme demorou para engrenar e há uma clara divisão entre as assinaturas de Wright e Reed. Aqui, Reed teve mais tempo para trabalhar e entregou o melhor material possível sobre o herói.

Sobre o filme

A história é situada após os eventos de Capitão América: Guerra Civil com Scott Lang (Paul Rudd) cumprindo prisão domiciliar após um acordo com o governo. Enquanto passa mais tempo com a filha Cassie (Abby Ryder Fortson), Hank Pym (Michael Douglas) e Hope (Evangeline Lilly) estão foragidos e buscam um meio de resgatar Janet (Michelle Pfeiffer), que está presa no reino quântico. O surgimento de uma nova ameaça força Scott a vestir novamente o uniforme do Homem-Formiga.

Coadjuvantes de luxo

O elenco de apoio faz jus ao nome. Luis (Michael Penã) é um espetáculo a parte. Suas cenas além de bem escritas, conta com o excelente timing cômico de Penã, fazendo hoje um dos mais queridos personagens não-herói do MCU. Sua equipe Kurt (David Dastmalchian) e Dave (T.I.) também fazem parte de momentos hilários da fita. Outra surpresa foi Randall Park no papel do carismático agente Woo.

Paul Rudd

Se Robert Downey Jr. está próximo de se despedir do papel de Tony Stark, Paul Rudd apresenta neste filme os requisitos para substitui-lo como um dos rostos principais da próxima fase da Marvel Studios. Não apenas pelo carisma, mas pelo crescimento que Scott Lang demonstrou neste filme. Assim como Downey Jr., Rudd está mais a vontade no papel. Mesmo um piadista e brincalhão nato, Lang apresenta amadurecimento em suas decisões durante o filme. O centro está na família e, Scott Lang é figura chave para importantes cenas.

Vilões

Há dois antagonistas presentes na narrativa: o mafioso Burch (Walton Goggins) e a Fantasma (Hannah John-Kamen). Ambos tem suas próprias motivações, contudo não são os pontos principais do filme. Mais uma vez, a Marvel introduz vilões pouco desenvolvidos, que não chega algo inédito. Muitos de seus filmes estão centradas nas escolhas do herói. O vilão serve apenas como um obstáculo.

O que achamos?

Despretensioso, Homem-Formiga e a Vespa é uma boa comédia de ação. Um filme seguro e que entrega uma história sem grandes rodeios e para toda a família. Reed demonstra novamente a competência de outrora nas sequências de ação, que atingiram um novo patamar com a presença da Vespa — que apresenta potencial para se tornar uma figura importante no futuro. As empolgantes cenas de ação apresentam referências a clássicos do cinema como Bullit (1968) com Steve McQueen durante uma tomada de perseguição de carros.

Ps: Há duas cenas pós-créditos. A primeira de suma importância para o futuro do universo Marvel. 

4

Ótimo

Despretensioso, Homem-Formiga e a Vespa é uma boa comédia de ação. Um filme seguro e que entrega uma história sem grandes rodeios e para toda a família.