Crítica | Longe de ser assustador, A Freira é um horror moderno previsível

Com Invocação do Mal, a Warner Bros. Pictures percebeu uma rentável franquia nas mãos e, rapidamente encomendou derivados. Primeiro Annabelle, que ganhou uma sequência, e agora com A Freira, longa sobre o temido demônio de Invocação do Mal 2. Assim como a boneca assombrada, o filme conta a origem oculta do demônio Valak, situado na Romênia no ano de 1952. Ou seja, bem antes dos capítulos originais da franquia. O início do longa conta um interessante flashback. O início é promissor, mas depois perde o brilho e se torna uma clichê história de casa assombrada.

O Filme

Situado cerca de vinte anos antes do primeiro Invocação do Mal, A Freira acompanha o suicídio misterioso de uma das Irmãs de um convento. O Vaticano envia um dos seus melhores exorcistas, o padre Burke (Demian Bichir) e uma jovem noviça (Taissa Farmiga) para investigar o caso. Com a ajuda do camponês Maurice (Jonas Bloquet), o trio começa a testemunhar fenômenos estranhos acontecendo no castelo onde as freiras estão habitadas.

“O capítulo mais tenebroso da franquia Invocação do Mal?”

Foi sob esse slogan que A Freira foi anunciada e a campanha publicitária foi realmente assustadora e instigante. Porém, o longa ao decorrer do primeiro ato, demonstra mais apatia do que interesse. A produção acerta em deixar o demônio em boa parte apenas com os olhos brilhando no escuro. A sensação claustrofóbica e de que algo está errado é sentida de início. Mais adiante, o roteiro previsível de Gary Dauberman (A Coisa) se resume em apresentar o oposto do que o horror precisa para prender o público. O Padre Burke e a noviça Irene fazem caras e bocas diante da câmera insistentemente. Uma tarefa cansativa. E com a trilha sonora com muitos sons de “ooohhs” e “aaahhs” lembra o cenário de um parque temático de Halloween tentando de todas as formas assustar quem pagou o ingresso.

Direção

Corin Hardy, responsável pelo ótimo A Maldição da Floresta, repete a mesma fórmula em criar um ambiente de tensão e, fazendo o bom uso do cenário. Apesar de um castelo assombrado ser atmosfera recorrente para filmes do gênero, uma porta entreaberta e a certeza de que a Freira (Bonnie Aaron) está do outro lado, são sempre iscas para os mais curiosos que acabam caindo nas armadilhas. Assim, o demônio acaba pegando peças e causando o terror.

O que achamos?

A Freira está longe de ser extremamente assustador como Invocação do Mal e Invocação do Mal 2. Alguns momentos causam medo, mas não conseguiu o mesmo êxito de seus antecessores. Ao final, parece que a Warner Bros. Pictures vive sob uma zona de conforto na sua franquia de terror, forçando o público a temer e se assustar com qualquer coisa.

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Regular

A Freira está longe de ser extremamente assustador como Invocação do Mal e Invocação do Mal 2. Alguns momentos causam medo, mas não conseguiu o mesmo êxito de seus antecessores. Ao final, parece que a Warner Bros. Pictures vive sob uma zona de conforto na sua franquia de terror, forçando o público a temer e se assustar com qualquer coisa.