Crítica | Kong: A Ilha da Caveira surpreende por excelente fotografia e efeitos especiais

As expectativas para Kong: A Ilha da Caveira eram as mais baixas possíveis. Logo de cara, o filme pode parecer mais uma daquelas novas produções baseadas em histórias antigas (como o clássico King Kong de 1933, 1976 e 2005), apenas com efeitos e fotografias mais modernos. Sim, no começo percebemos que as semelhanças são inúmeras e como é possível ver no trailer, temos um gorila colossal atacando seres humanos em uma ilha desconhecida. As conformidades, porém, acabam por aí e trama desenvolve sua própria narrativa e características.

Um dos principais objetivos dessa nova franquia é trazer os mais jovens para o universo dos monstros gigantescos, trazendo um pouco dos clássicos e adicionando adrenalina, efeitos monstruosos e ação do início ao fim. O filme se passa em 1970, pós Guerra do Vietnã, onde soldados contam os segundos para retornarem a suas famílias e casas. Entretanto, uma última missão aparece quando o cientista Bill Randa (John Goodman) decide procurar um inimigo do passado em uma ilha ainda não explorada. Toda uma expedição é planejada e uma equipe de soldados é enviada para acompanhar, além do geólogo Houston (Corey Hawkins), da bióloga San (Jing Tian), do explorador James Conrad (Tom Hiddleston) e da fotógrafa antiguerra Mason Weaver (Brie Larson).

Logo no início conhecemos Kong, um dos grandes reis desconhecidos do mundo e protetor da Ilha da Caveira, localizada no meio do oceano e rodeada por tempestades monstruosas, mas incapazes de destruir um helicóptero. A partir daí, se inicia um show de fotografia e efeitos visuais por meio da criação de um lugar paradisíaco e isolado, habitado não apenas pelo nosso querido gorila, mas por outras espécies descomunais como lagartos, aranhas e polvos. Não demora muito tempo para a ação começar, e os primeiros seres humanos começarem a cair perante a ira do anfitrião e por consequência, do líder do exército Preston Packard (Samuel L. Jackson). Os soldados que acompanham Packard são vividos por Thomas Mann, Jason Mitchell, Shea Whigham, Eugene Cordero e Toby Kebbell, que interpreta também a versão digital de Kong.

Temos plena consciência de que nada ali é real, mas a veracidade como tudo nos é apresentado é surpreendente. Desde os mais singelos detalhes como pequenos insetos, até as criaturas maiores como Kong e os lagartos, são feitos com tanta maestria que motiva o público a continuar prestando atenção até o fim. A trupe embarca em uma aventura desconhecida, mas acaba por ter a experiência de suas vidas, principalmente quando elas terminam na ilha, afinal, não era de se esperar que o Rei ficasse parado quando bombas são lançadas em sua casa.

Kong: A Ilha da Caveira pode ser descrito como puramente cinema entretenimento, adotando um ritmo frenético do início ao fim. Não será aquele tipo de filme que muitos irão dormir, principalmente se for visto em uma sala equipada com telas panorâmicas, sons de última geração e qualidade 3D, aumentando ainda mais os efeitos impecáveis da parte técnica. Vale a pena investir um pouco mais no ingresso! Além disso, não apenas de ação é formada a trama, visto que o filme ironiza a si mesmo em diversos momentos, principalmente após a adição de John C. Reilly ao grupo. Cenas escalafobéticas levam o público a se divertir de maneira inteligente, não deixando claro se foi proposital ou se é apenas bobo, caracterizando o melhor tipo de ironia.

O que não se pode esperar é um roteiro denso e bem trabalhado. Não será uma produção indicada ao Oscar de Melhor Filme, por meio de um roteiro básico e raso, dependente dos trabalhos anteriores. Nos é oferecido exatamente aquilo que foi prometido no trailer, e nem mesmo a presença de atores como Larson, Jackson e Hiddleston é necessária, já que os mesmos não exercem todo seu potencial e seus personagens poderiam ter sido interpretados por qualquer um. Nos resta saber se eles estarão presentes em outras produções ou se serão substituídos por outros personagens.

Por fim fica uma reflexão: Quem é o vilão da história? O gorila, protetor e rei do lugar, ou os seres humanos que chegam bombardeando e tomando conta de uma terra que não é sua?

E uma dica, por mais que os créditos sejam bem longos, vale a pena esperar terminar.

 

4

Ótimo

Kong: A Ilha da Caveira pode ser descrito como puramente cinema entretenimento, adotando um ritmo frenético do início ao fim. Não será aquele tipo de filme que muitos irão dormir, principalmente se for visto em uma sala equipada com telas panorâmicas, sons de última geração e qualidade 3D, aumentando ainda mais os efeitos impecáveis da parte técnica.

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