Crítica | Kingsman: O Círculo Dourado não tem o mesmo impacto de Serviço Secreto

Após perder Harry Hart (Colin Firth) e salvar o mundo, Eggsy Unwin (Taron Egerton) se tornou um agente da Kingsman, ficando com o título de Galahad, que pertencia a seu mentor. Agora Eggsy está vivendo na antiga casa de Harry com sua namorada, a princesa Tilde da Suécia (Hanna Alström) e seu cãozinho JB. Até que seu antigo inimigo Charlie Hesketh (Edward Holcroft) reaparece e nos leva a uma eletrizante cena de perseguição de carro  que complica a vida de Eggsy.

Roxy, a agente Lancelot (Sophie Cookson) descobre que Charlie está trabalhando com um cartel de drogas chamado Círculo Dourado e a líder da organização criminosa, Poppy Adams (Julianne Moore) resolve acabar com os Kingsman.

Eggsy é o único agente da Kingsman que resta e, na companhia de Merlin (Mark Strong), é forçado a procurar a agência americana equivalente, chamada Statesman. Chegando ao Kentucky, eles encontram Champ (Jeff Bridges), o líder da Statesman e os agentes Tequila (Channing Tatum), Whiskey (Pedro Pascal) e Ginger Ale (Halle Berry). Eggsy também descobre que Harry Hart está sendo mantido no quartel general da Statesman, mas ele não é mais o mesmo.

Quando Poppy revela seus planos malignos, os Kingsman restantes e os Statesman se reúnem para salvar o mundo.

Kingsman: O Círculo Dourado é a continuação de Kingsman: Serviço Secreto, lançado em 2015. Ambos os filmes foram dirigidos por Matthew Vaughn e escritos por Vaughn e Jane Goldman. O primeiro filme foi baseado nos quadrinhos The Secret Service do escritor Mark Millar e do artista Dave Gibbons, que davam uma nova cara ao gênero de espionagem. Já o Círculo Dourado não é baseado no material original, mas continua a mostrar as aventuras de Eggsy na agencia de inteligência.

As cenas de ação continuam com as mesmas características do primeiro longa, são extremamente dinâmicas e usam uma mistura de movimentos rápidos com câmera lenta. A trilha sonora, que tem desde Frank Sinatra até The Who e ZZ Top, também ajuda a definir o ritmo das cenas, além disso muitas das músicas receberam uma mixagem country em referência aos Statesman. Apesar disso, O Círculo Dourado não tem uma cena de ação tão icônica quanto a luta de Harry Hart na igreja em Serviço Secreto.

Poppy Adams, a vilã de O Círculo Dourado, é um dos pontos altos do filme, ela é doce e encantadora, mas ao mesmo tempo psicótica. Ela vive em um mundo criado por ela mesma que remete aos anos 1950, mas que é extremamente tecnológico, guardado por dois cães robôs, Bennie e Jet. Tudo tão contraditório quanto sua personalidade. Um outro destaque ao mundo de Poppy, é a participação de Sir Elton John como ele mesmo.

Os agentes da Statesman são boas adições ao universo dos Kingsman, eles não são tratados como segundo plano, todos fazem parte do enredo. Os destaques são Pedro Pascal (Narcos) como Whiskey, um dos melhores agentes da Statesman, que possui uma série de habilidades que remetem ao velho oeste e Hale Berry (A Última Ceia) como a brilhante Ginger Ale, uma espécie de Merlin da agencia americana que dá suporte aos agentes de campo.

O Círculo Dourado não é tão original quanto o primeiro filme, mas é coeso e consegue manter a identidade criada em Serviço Secreto, o que o torna uma boa continuação, principalmente para os que se tornaram fãs do primeiro longa.

Kingsman: O Círculo Dourado entrará em cartaz amanhã, 28 de setembro.

  • Ótimo
4

Resumo

O Círculo Dourado não é tão original quanto o primeiro filme, mas é coeso e consegue manter a identidade criada em Serviço Secreto, o que o torna uma boa continuação, principalmente para os que se tornaram fãs do primeiro longa.