Crítica | Jurassic World: Reino Ameaçado traz um pouco mais do mesmo

Em 1993, Steven Spielberg lançava o primeiro filme de sua enorme franquia envolvendo os dinossauros. 25 anos depois do primeiro lançamento, o quinto filme da série Jurassic Park chega aos cinemas. Jurassic World: Reino Ameaçado não apenas dá continuidade a franquia, como também é o meio da nova trilogia iniciada há três anos. O primeiro capítulo foi dirigido por Colin Trevorrow (O Livro de Henry) e o roteiro foi feito em parceria com Derek Connolly (Kong: A Ilha da Caveira). No segundo filme, porém, o bastão foi passado ao diretor J.A. Bayona (O Impossível). Finalmente, no terceiro e último volume da trilogia, Trevorrow voltará a cadeira de diretor. O longa deve chegar aos cinemas em 2021.

Os protagonistas do filme anterior, Chris Pratt (Guardiões da Galáxia) e Bryce Dallas Howard (Black Mirror), voltam aos papéis de Owen Grady e Claire Dearing. Além disso, o veterano Jeff Goldblum (Thor: Ragnarok) faz uma participação como o Ian Malcolm do clássico Jurassic Park. James Cromwell (The Young Pope), Toby Jones (Capitão América 2: O Soldado Invernal), Justice Smith (Cidades de Papel), Daniella Pineda (The Vampire Diaries) e Rafe Spall (As Aventuras de Pi) completam o elenco.

O Filme

Jurassic World: Reino Ameaçado se passa algum tempo depois de onde o primeiro filme terminou. Claire ainda segue em sua missão para tentar salvar os dinossauros dos humanos, mas está longe de ter sucesso. Quando suas esperanças pareciam se esgotar, o milionário Benjamin Lockwood lhe oferece uma proposta irrecusável. Embora não se falem há um tempo, Claire procura Owen novamente para tentar salvar os animais da Isla Nublar. Lá, um vulcão gigantesco está ativo e prestes a explodir, ameaçando extinguir os dinossauros mais uma vez. Relembrando os bons momentos com a amiga Blue, Owen deixa todo o conforto das montanhas para trás e embarca ao lado da amada.

A princípio a ideia parece ser perfeita, afinal, eles terão recursos financeiros e um santuário para cuidar das criaturas. As esperanças de Claire e Owen vão por água abaixo quando o verdadeiro plano é revelado. A operação de resgate era na verdade, uma conspiração para vender os animais pré-históricos no mercado negro e usá-los como armas. Contando com a ajuda de uma pequena amante dos dinossauros, eles têm de salvar os animais duplamente. O vulcão se mostra ser o menor dos problemas quando colocado ao lado de líderes perigosos do mundo inteiro. Afinal, estamos falando de países armados até mesmo com bombas nucleares.

Jurassic World: Reino Ameaçado
Reprodução

O Elenco

A participação de Jeff Goldblum como Ian Malcolm é um prato cheio para os fãs da franquia. Entretanto, Goldblum nos dá a honra de sua presença durante breves minutos. Chris Pratt continua sendo a alma da franquia. Extremamente carismático, divertido e com piadas pontuais, Owen é fundamental para aguentarmos os mais de 120 minutos de duração. Bryce Dallas Howard está muito mais amável como Claire. Embora tenha sido criticada pelo público por andar de salto alto na floresta no filme anterior, nesse ela se mostra muito mais a vontade. Claire está empenhada em salvar os dinossauros, e não demora para concordarmos e torcermos para ela.

A equipe dos salvadores ganhou membros importantes. Franklin (Justice Smith) é o responsável por boa parte das gargalhadas do público durante o filme. Interpretando um nerd medroso, mas disposto a ajudar, ele traz um sentimento de realidade em meio a tanta ficção. Zia (Daniella Pineda) por sua vez, é uma veterinária dedicada a salvar seus pacientes. Mesmo que eles sejam dinossauros enormes, ela não pensa antes de arriscar a própria vida. A atuação de Pineda é boa, uma vez que ela entrega aquilo que a trama precisa de sua personagem. Seus diálogos com Smith são hilários, o que ajuda no alívio cômico que ambos provocam na trama.

Por fim, não podemos deixar de citar a personagem mais corajosa (e fofa) de Jurassic World: Reino Ameaçado. A jovem Isabella Sermon interpreta Maisie Lockwood e era justamente o que faltava para o elenco. Em um filme protagonizado por adultos, faltava a inocência e determinação de uma criança e Sermon se encaixa perfeitamente. Mesmo que a vida tenha lhe pregado peças, ela não desiste de lutar por aquilo que Lockwood acreditava.

Jurassic World: Reino Ameaçado
Reprodução

O Que Achamos de Jurassic World: Reino Ameaçado?

Jurassic World: Reino Ameaçado oferece o nível de entretenimento, ação e aventura esperados em um filme da franquia Jurassic Park. A fórmula usada para se desenvolver os capítulos anteriores está ali e não podemos esperar nada além disso. Entretanto, o nível de maturidade da nova produção aumentou. O longa é levado muito mais a sério do que o primeiro filme, além de ser a porta para o tão esperado mundo jurássico. Além disso, Bayona soube trabalhar muito bem o nível de suspense e terror, fazendo com que a atenção do público se mantenha.

Os efeitos especiais foram muito bem realizados, com direito a dinossauros animatrônicos. Com o auxílio da computação gráfica, o resultado ficou muito mais realista. Além disso, o filme também nos faz pensar sobre a exploração do animal para benefício humano. Embora seja uma obra de ficção, o que se deseja fazer com os dinossauros acontece diariamente com animais reais. Finalmente, Reino Ameaçado nos faz pensar sobre o impacto de uma nova extinção dos dinossauros e como isso poderia afetar a vida humana.

Reino Ameaçado literalmente destrói tudo que foi construído nos últimos quatro filmes, deixando de vez o parque para trás e fazendo jus ao titulo da nova trilogia. De forma acertada, eles no deixam pensando para onde iremos a seguir.

O filme no Brasil

Jurassic World: Reino Ameaçado estreia no dia 21 de junho de 2018. Entretanto, algumas sessões de pré-estreia pagas acontecerão à partir do dia 14 de junho.
Uma dica: há uma cena pós créditos que pode indicar para onde o terceiro filme nos levará, então fiquem até o final!

  • Bom
3

Resumo

Jurassic World: Reino Ameaçado oferece o nível de entretenimento, ação e aventura esperados em um filme da franquia Jurassic Park, oferecendo um material muito mais maduro do que o primeiro filme da nova franquia.

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