O gênero filmes de ação e Keanu Reeves possuem muito em comum. Ambos são uma mistura de sucessos e fracassos de bilheteria ao longo da última década. Com o surgimento da franquia John Wick, não apenas Keanu Reeves finalmente retornou aos holofotes do mainstream como também ajudou a rejuvenescer o gênero preso a mesmice e atores brucutus.
John Wick 3 – Parabellum é o resultado da expansão de um universo que começou de forma simples com uma trama de vingança sobre um assassino letal voltando à ativa. O roteirista Derek Kolstad conseguiu formalizar uma história atraente com tons emocionantes e fascinantes neste terceiro capítulo. Atrelado a sequências de ação inovadoras e eletrizantes.
O filme
O longa continua exatamente onde o segundo filme terminou, com John Wick (Keanu Reeves) sendo caçado por um contrato de $14 milhões de dólares por sua vida quando quebrou uma regra central: tirar uma vida dentro do Hotel Continental. John já deveria ter sido executado, exceto que o gerente do Continental, Winston (Ian McShane), deu a ele um período de uma hora até ele ser ‘Excommunicado’ – ou seja, ter sua associação removida. Enquanto procura uma maneira de escapar de cada arma apontada a ele, John conta com a ajuda de uma figura importante de seu passado, de Sofia (Halle Berry), uma ex-amiga e colega assassina, Winston, e o fiel Charon (Lance Reddick), que mais uma vez aceita a missão de cuidar do seu cão.
Derek Kolstad e Chad Stahelski
Juntos desde o primeiro filme, a dupla Derek Kolstad e Chad Stahelski se renovam a cada filme. Eles não caíram na armadilha de filmes do gênero ação, que quando ganham sequências, não são tão boas quanto os longas originais. Mas tanto o roteirista quanto o diretor conseguiram deixar a história mais consistente e fascinante em sua narrativa e, mais uma vez, ampliando e explorando o mundo dos assassinos e a Alta Cúpula. São artifícios bastante eficientes para que o filme não se torne tão previsível à medida que a franquia continua. Pelo contrário, John Wick 3 se torna cada vez mais imprevisível, oferecendo algumas reviravoltas e entretendo o público com novas maneiras de realizar cenas de luta. Nem um simples livro escapou de se tornar uma arma letal nas mãos de John Wick.
Keanu Reeves
Se John Wick 3 inova nas cenas de ação e traz uma história instigante, nada disso seria possível se não fosse pela disposição e entrega de Keanu Reeves. Desde o primeiro filme, o ator realiza praticamente todas as cenas de luta. Há cenas com mais de um minuto sem cortes e com o ator em cena se entregando a cada segundo. Apesar de proferir poucas palavras, é pelo olhar e trejeitos que vemos Reeves demonstrar o que seu personagem está passando. Mesmo desgastado fisicamente e mentalmente, John Wick não perde o foco no seu objetivo. Enquanto no longa anterior, o assassino tinha à sua disposição um arsenal de armas e munições, neste capítulo, John mostra mais de suas habilidades com armas brancas e, que tudo ao seu redor, pode ser útil para eliminar um alvo.
Antagonistas
Kate Dillon (Billions) e Mark Dacascos (Hawaii Five-0) são as pedras no sapato de John Wick neste filme. Atuando como supervisora da Alta Cúpula, Dillon é uma figura sombria e arrepiante quando aparece para limpar a bagunça que John causou. Já Dacascos, exímio artista marcial, demonstra com propriedade suas habilidades. Contudo, o combate contra John Wick peca por utilizar de um humor que não se encaixa no momento de clímax.
Veredito
John Wick: 3 – Parabellum estabelece Keanu Reeves como o melhor protagonista de filmes de ação da década. Um anti-herói que se tornou intrigante e foi capaz de atrair um público que nunca se interessou por filmes deste estilo. A continuação já confirmada do quarto filme deixa claro que há muito ainda a se explorar e que criatividade não será problema para os realizadores.
Ótimo
John Wick: 3 – Parabellum estabelece Keanu Reeves como o melhor protagonista de filmes de ação da década. Um anti-herói de poucas palavras que se tornou intrigante e foi capaz de atrair um público que nunca se interessou por filmes deste estilo. A continuação já confirmada do quarto filme deixa claro que há muito ainda a se explorar e que criatividade não será problema para os realizadores.