Crítica | Jogos Mortais: Jigsaw consegue devolver o clima de tensão à franquia

Jogos Mortais: Jigsaw devolve à franquia o clima de tensão apresentado no primeiro filme lançado há treze anos. Quando corpos começam a aparecer por toda a cidade, cada um desenhado com as mais horrendas das mortes, todas as investigações apontam na mesma direção, mas ninguém quer ousar dizer o nome do homicida falecido.

(Reprodução / Youtube)

Além de responder a perguntas que a franquia acabou deixando para trás, o longa consegue apresentar um novo capítulo bem construído. Esta sequência com cara de Reboot, permite aos novatos no universo de Jogos Mortais terem uma experiência completa mesmo sem terem visto qualquer um dos filmes anteriores. Logicamente quem viu os filmes anteriores vai reconhecer várias das armadilhas espalhadas pelos cenários.

As atuações ainda que não sejam excepcionais, são convincentes e conseguem passar ao expectador a sensação de desespero e angústia pela qual os personagens estão passando nas mãos do assassino Jigsaw. Certamente o público vai ter uma relação de amor e ódio com os personagens, principalmente por conta da maneira com que a história é conduzida, revelando segredos aos poucos sem entregar o desfecho. Apesar disto, como já é de praxe em filmes de terror, a grande maioria dos personagens não tem um arco evolutivo dentro da história, o que faz sentido se pensarmos que eles serão mortos a qualquer momento.

Com uma classificação indicativa de 18 anos, todos esperam um filme sangrento e impiedoso, e é exatamente isso que foi entregue. Com muito sangue e vísceras espalhadas em cena, o filme não é para pessoas com estômago fraco. As cenas são mais realistas e pesadas do que a grande maioria dos filmes do gênero, até mesmo entre os filmes da franquia, mergulhando de cabeça no gore mas sem os exageros que poderiam transformar o filme em uma produção trash.

Diferente dos filmes anteriores grande parte dos cenários são bem iluminados, até mesmo pela luz do sol, reforçando a ideia de que não é preciso estar preso em um cubículo escuro para ser aterrorizante.

(Divulgação/ Paris Filmes )

Apesar do desfecho parecer uma solução apressada, ele funciona e com certeza vai surpreender boa parte do público. A produção novamente deixa pontas soltas, sejam ganchos para uma possível sequência ou simplesmente furos no roteiro, elas não têm grande impacto na experiência final.

Jogos Mortais: Jigsaw tem falhas e pode não ser o melhor capitulo de toda a franquia, mas sem dúvidas é um bom divertimento e está longe de ser considerado ruim. A produção entrega o que foi prometido e consegue cativar até mesmo quem tem algum tipo de preconceito com franquias de terror.

  • Bom
4

Resumo

Jogos Mortais: Jigsaw pode não ser o melhor capitulo de toda a franquia, mas sem dúvidas é um bom divertimento e está longe de ser considerado um filme ruim.