Crítica| Invasão a Londres é mais um filme previsível sobre os Estados Unidos

Há um certo tempo o mundo vem sofrendo com as ameaças e ataques terroristas provocados pelo grupo Estado Islâmico. O resultado disso é a morte de milhares de civis inocentes que estavam apenas no lugar errado e na hora errada.

Invasão a Londres (London Has Fallen em inglês) é a visão e resposta prepotente norte americana aos atentados ocorridos na Europa nos últimos meses, evidenciando todo o poder, armamento e capacidade do país de controlar situações como essa. O filme é, teoricamente, a sequência de Invasão à Casa Branca, mas pode ser descrito como uma reedição do mesmo em um continente diferente.

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A trama dessa vez se passa em Londres, após a morte inesperada do Primeiro-Ministro Britânico. Em seu funeral espera-se reunir os principais líderes do mundo ocidental, transformando-o no evento mais protegido do planeta, com diversas equipes de segurança responsáveis por seus protegidos. O acontecimento acaba por atrair a atenção de um grupo terrorista, que quer assassinar os governantes e destruir os grandes pontos turísticos da cidade. A chacina destrói a vida de milhares de cidadãos inocentes, além de colocar o mundo em estado de alerta.

Para a felicidade dos EUA, o único líder que sobrevive é o presidente do país, Benjamin Asher (Aaron Eckhart, de “Batman: O Cavaleiro das Trevas”) e seu excepcional agente secreto Mike Banning (Gerard Butler, de “300” e “Código de Conduta“). O líder terrorista então, toma como missão de vida assassinar o presidente ao vivo em rede nacional; enquanto o vice, Alan Trumbull (Morgan Freeman de “Todo Poderoso” e “Truque de Mestre”) esforça-se para evitar o crime.

A produção é mais uma obra Hollywoodiana exaltando o poder norte americano, capaz de se sobressair a todas as outras nações do mundo, além de conseguir com um único homem, acabar com um grupo terrorista de centenas. Butler é praticamente imortal, já que milhões de projéteis passam por ele e milagrosamente nada acontece, enquanto os atiradores morrem no ato. Isso sem contar, que com uma faca ele consegue combater metralhadoras, fuzis e muitos outros tipos de armamento pesado nas mãos dos “vilões”.

O ápice do filme é a invasão a base terrorista, no maior estilo jogo de video-game,onde o presidente está sendo mantido refém. Mais uma vez sozinho, Butler consegue aniquilar todos os inimigos, salvar o presidente, explodir o prédio e sair sem um osso quebrado. Incrível não ? Não, é feio. A maneira simplista e óbvia como a guerra é exposta no filme, chega a ser ofensiva, além da previsibilidade de todos os acontecimentos que decorrem. A trama é tão focada em um homem só, que outros grandes nomes como Morgan Freeman, Jackie Earle Haley e Melissa Leo, são meros coadjuvantes. A escolha de Londres como cenário foi um ponto positivo, visto que a mesma já é conhecida em catástrofes de filmes, com a destruição de seus grandes pontos turísticos.

Não pensem que o filme é ruim, longe disso. Para quem gosta de cenas de ação, explosões e tiroteios, é uma ótima opção para se ver na Tela Quente ou Temperatura Máxima. As cenas extremamente previsíveis do início ao fim, a excessiva exaltação aos Estados Unidos (em todos os sentidos) e o fato de um único homem conseguir salvar o mundo ao salvar o presidente do país de um ataque terrorista ultra planejado, prejudicam e muito a desenvoltura da história. Neste filme temos um péssimo pretexto para cenas de ação, mas são as mesmas que o salvam.

Sob direção do iraniano Babak Najafi, produção de Gerard Butler, Mark Gill, Danny Lerner, Matt O’Toole, Alan Siegel e Les Weldon, Invasão a Londres chegou aos cinemas no dia 07 de abril de 2016.

  • Bom
3

Resumo

Invasão a Londres é um filme para quem gosta de cenas de ação, explosões e tiroteios, sendo uma ótima opção para se ver na Tela Quente ou Temperatura Máxima. As cenas extremamente previsíveis do início ao fim, a excessiva exaltação aos Estados Unidos (em todos os sentidos) e o fato de um único homem conseguir salvar o mundo ao salvar o presidente do país de um ataque terrorista ultra planejado, prejudicam e muito a desenvoltura da história. Neste filme temos um péssimo pretexto para cenas de ação, mas são as mesmas que o salvam.

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