Crítica | Depois de uma sequência inicial eletrizante, A 5ª Onda não convence

Muitas adaptações de sagas juvenis chegando ao mesmo tempo acabam te dando uma sensação de que já vimos aquilo antes em outra história. Na verdade, pouquíssimas adaptações do gênero trouxeram algo de novidade para o púbico. A 5ª Onda é mais uma adaptação que tenta se afastar da sombra de Jogos Vorazes, Divergente, Maze Runner, que abordam o tema sci-fi.

Inspirado na série de livros de Rick Yancey, a trama segue Cassie Sullivan (Chloë Grace Moretz), uma jovem que tenta seguir uma vida normal de adolescente, mas precisa agir quando a Terra começa a sofrer uma série de ataques alienígenas. As tais ondas que levam título ao livro e filme se referem aos ataques que o planeta vem sofrendo: primeiro a energia é cortada, depois um tsunami que elimina parte da humanidade, um vírus, seguido da infiltração, quando os seres assumem a forma dos humanos.

Dirigido por J. Blakeson, o longa apresenta uma sequência inicial eletrizante com Cassie isolada em um cenário apocalíptico adentrando em um supermercado. Lá encontra um rapaz que ela não sabe se pode confiar. A construção da cena é deveras eficiente com um desfecho impactante para um longa do gênero. Infelizmente, é a única cena que realmente convence e faz valer o ingresso. Depois, A 5ª Onda parte para uma série de clichês que já vimos em Crepúsculo e Jogos Vorazes, por exemplo.

Cassie tem duas missões. Primeiro, sobrevivência. Segundo, encontrar o irmão perdido. Mas como toda heroína teen, ela tem seu coração disputado por dois garotos: o colega de escola, Ben Parish (Nick Robinson); e Evan Walker (Alex Roe), que a salva no meio da floresta (Acho que já vi isso antes).

No mais, o longa segue uma narrativa morna e não consegue intrigar, apesar da produção ser composta por um elenco competente com os nomes de Moretz, Ron Livingston, Maria Bello e Liev Schreiber. 

A 5ª Onda apresentou de início bastante potencial. Mas escolhas erradas fazem do longa um mais do mesmo. Ficou devendo. E muito.