Na sessão em que assisti A Série Divergente: Convergente (The Divergent Series: Allegiant) ouvi o melhor comentário sobre a saga: “Divergente nunca será Jogos Vorazes”. Eu concordo e não porque acho a saga ruim, aliás, é minha predileta nessa linha de distopias, mas ela cometeu um erro crucial: veio depois. E tudo que vem depois é comparado e taxado. Com Jogos Vorazes como atriz principal, só restou então o papel de coadjuvante para a história de Tris. A mesma coisa que aconteceu com a relação Harry Potter x Percy Jackson.
Mas a questão é que Convergente é como Jacob Tremblay e passou por cima de Brie Larsson, mesmo essa tendo um Oscar.
Muitas pessoas ficam se perguntando por que uma série de três livros acaba se transformando em quatro filmes – sendo que na maioria das vezes é um filme extra de se dispensar. Foi o caso da primeira parte de Jogos Vorazes – A Esperança, mas a regra pulou uma casa dessa vez. Essa primeira-parte-do-final tem conteúdo, produção e apesar de destoar em vários momentos da linha temporal do livro, se coloca dentro do todo da narrativa cinematográfica de maneira boa, não vai muito longe, mas também não deixa a desejar.
Para uma pessoa que acompanha a série sem ter lido os livros, o filme veio para o bem. Duas horas a mais podem explicar muita coisa, mesmo que algumas vezes você se pegue pensando “o que esse diretor fumou?”
É claro que não é aquele filme – é preciso entender que nem todos os filmes vieram para quebrar a bilheteria e ser exemplo. Convergente traz o que vem prometendo desde o primeiro, sem destoar, o que faz você ficar bem animado com algumas cenas de ação:
Shailene Woodley (Tris) mantém a boa atuação, contudo a problemática de A Culpa é das Estrelas reaparece para ela novamente – Theo James (Quatro) parece muito mais legal que ela nesse filme (além de ser útil, ele tem seus momentos sozinho e faz bom proveito disso) e Miles Teller (Whiplash) entrega o melhor de Peter, te deixando a espera da próxima tirada característica do personagem.
Seguindo a receita dos outros filmes Convergente entrega o que deve e mesmo que não seja uma adaptação ao pé da letra se faz entender: as surpresas ficam para o final e basta a nós esperarmos a saga se fazer notar além das sombras de sua antecessora na última cartada.
E o ministério do bom senso adverte: É UMA ADAPTAÇÃO DO LIVRO, então não espere rever tudo o que você leu, porque isso não faz o filme melhor ou pior.
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Resumo
Seguindo a receita dos outros filmes Convergente entrega o que deve e mesmo que não seja uma adaptação ao pé da letra se faz entender: as surpresas ficam para o final.