Crítica | Chappie

Chappie era um dos longas mais esperados durante o primeiro semestre. Porém, o projeto ambicioso de Neill Blomkamp repete a frustração do razoável Elysium, onde muita expectativa foi criada e não foi correspondida. Talvez esteja aí o erro em se esperar muito do cineasta.

Mais uma vez a crítica social é o pano de fundo da trama que mistura ficção científica e comédia com o carismático robô Chappie, um projeto criado com intuito de proteger a população. A inteligência artificial com sentimentos humanos possui um segredo que pode cair nas mãos erradas, quando o robô agora pertence a um grupo de ladrões.

Visualmente, Chappie apresenta um cenário interessante de um futuro pós-apocalíptico com as grandes empresas lucrando belicamente, enquanto a classe baixa sofre com a pobreza. O choque de classes fica evidente quando Chappie passa a ser criado pelo bando de ladrões, que vivem em uma usina abandonada. Mesmo em uma situação avessa, o núcleo familiar é ali constituído e onde os sentimentos do robô afloram. A dublagem de Sharlto Copley é essencial para que esses sentimentos sejam transmitidos para o público.

O elenco conta com as boas atuações de Sigourney Weaver, Dev Patel e Hugh Jackman que seguram o filme, enquanto a linha narrativa oscila deveras, o grande problema do longa. O roteiro é bastante confuso e com muitos furos, que fica complicado de assimilar a real motivação dos personagens. A própria construção do robô Chappie é confusa, quando ele se mostra uma tecnologia avançada, mas que demonstra dificuldade para dizer palavras comuns.

No mais, Chappie é um filme regular que se perdeu nos clichês em seu ato final. Mais um projeto audacioso desperdiçado em Hollywood.

  • Regular
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Resumo

No mais, Chappie é um filme regular que se perdeu nos clichês em seu ato final. Mais um projeto audacioso desperdiçado em Hollywood.