Crítica | Caminhos da Floresta

Caminhos da Floresta

Quando anunciado, Caminhos da Floresta (Into the Woods) parecia ser uma ótima produção. Inspirado no musical na Broadway, o longa conta com a direção de Rob Marshall, responsável pelos ótimos musicais Chicago e Nine, também vindouras do teatro. Parecia uma combinação perfeita, já que personagens clássicos dos contos de fadas seriam o foco. Contudo, a adaptação da Disney não possui brilho algum, sendo uma verdadeira tortura em quase 2h de fita.

A trama segue um padeiro (James Corden) e sua esposa (Emily Blunt), que estão sob a maldição de uma bruxa (Meryl Streep). Para quebrarem a maldição, o casal precisa passar por algumas provações estabelecidas pela bruxa má. Nessa jornada, vários personagens clássicos surgem como o Lobo (Johnny Depp), a Mãe de Jack (Tracy Ullman), o Príncipe da Cinderela (Chris Pine), o Príncipe da Rapunzel (Billy Magnussen), Cinderela (Anna Kendrick) e Jack (Daniel Huttlestone).

A principal diferença do divertido musical de 1987 desenvolvido por Stephen Sondheim e James Lapine para a adaptação ao cinema é a magia. O formato teatral traz toda uma grandiosidade e um ambiente para o tipo de produção, que apresenta um visual impecável. Marshall repete o mesmo formato, mas esqueceu da magia. O longa se preocupou mais com o lado estético, com um figurino caprichado e as canções bem coreografadas. Desde o início, a sensação é que já vimos o filme antes, dada a repetição da fórmula de outrora.

O único ponto positivo é a presença da sempre incrível Meryl Streep, que consegue se impor diante de uma produção tão fraca. Se divertindo em cena e apresentando umas das canções mais extrovertidas, acaba sendo justa sua indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante.

Anna Kendrick também exerce um bom papel como Cinderela, mas o roteiro acaba prejudicando por deixar o drama de sua personagem arrastado. No mais, todos os personagens são inconsistentes, apesar de bom nomes estarem presentes. Johnny Depp passa em branco como o Lobo em uma sequência horrível e muito mal conduzida.

Caminhos da Floresta no final fica devendo bastante. Em alguns momentos, chega a ser uma verdadeira batalha contra o sono. Uma pena ver tantos personagens queridos ao longo dos anos serem adaptados sem o mesmo encanto.

  • Ruim
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Resumo

Caminhos da Floresta no final fica devendo bastante. Em alguns momentos, chega a ser uma verdadeira batalha contra o sono. Uma pena ver tantos personagens queridos ao longo dos anos serem adaptados sem o mesmo encanto.