Crítica | A Entrevista

A Entrevista

A Entrevista, comédia dirigida por Evan Goldberg e Seth Rogen (mesma dupla de Segurando as Pontas,  É o Fim), acabou se tornando um dos filmes mais aguardados durante os últimos meses. Não por ser uma história brilhante, etc e tal. Mas, por toda a polêmica que o longa causou e o que gerou para a Sony com os emails vazados e ameaças terroristas devido ao filme tirar sarro com o ditador da Coreia do Norte. Depois de ter seu lançamento adiado, a comédia finalmente chega aos cinemas depois de muita campanha a favor do filme, o que acabou sendo positivo para a produção.

Ao sair da sessão, a sensação que ficou é que foi criado muita polêmica por nada. Há muitas piadas que ridicularizam a figura do ditador Kim Jong-un, mas nada que pudesse gerar um ódio tão grande ao ponto de censurar e ameçar a exibição em Hollywood. Não é de hoje que os estudanidenses fazem piadas com outros países e figuras que o representam. A Entrevista é apenas mais um que segue o mesmo caminho, com a única exceção de não apresentar a mesma criatividade.

A trama acompanha o produtor Aaron Rapaport (Rogen) e o apresentador Dave Skylark (James Franco), responsáveis por um talk show conhecido por entrevistar celebridades e deixa-las em situações vexatórias. Contudo, Rapaport não está satisfeito e busca um jornalismo mais sério. É quando ele e Skylark descobrem que Kim Jong-un, o ditador da Coreia do Norte, é um grande fã do programa. Quando ‘A Entrevista’ é confirmado por uma assessora do ditador, os dois acabam sendo procurados pela CIA para se disfarçarem como agentes e assassinar Jong-un.

Para ser bem sincero, a cena mais engraçada do longa não envolve a Coreia do Norte, o que me faz refletir sobre o porquê de tanta polêmica sobre o lançamento de um filme que pode ser classificado como apenas comum. A sequência inicial é melhor cena da fita com a participação de uma celebridade (não vou citar o nome para não perder a graça) sendo exposta ao ridículo. Quem conhece a celebridade vai entender todas as piadas impostas pelo personagem de Franco e se divertir um pouco. No mais, o longa se resume a piadas escatológicas, já bastante cansativas entre Franco e Rogen. A dupla mais uma vez literalmente se diverte em cena, mas não tem muito para oferecer em quase 120 minutos de filme.

Para uma comédia, faltou um toque mais de inspiração. O longa apresenta um problema sério em seu ritmo e só piora com personagens pouco interessantes. Nem a ótima Lizzy Caplan, que participa como a responsável pela missão de ataque ao ditador, consegue agradar em cena.

A Entrevista apresenta apenas algumas cenas engraçadas, principalmente pelas participações especiais pontuais. Se não fosse toda a polêmica durante o ano passado, a comédia passaria desapercebida nos cinemas.

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Resumo

A Entrevista apresenta apenas algumas cenas engraçadas, principalmente pelas participações especiais pontuais. Se não fosse toda a polêmica durante o ano passado, a comédia passaria desapercebida nos cinemas.