Corra que a Polícia Vem Aí
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Corra que a Polícia Vem Aí
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Corra Que a Polícia Vem Aí mantém muitos dos elementos que tornaram a franquia um sucesso

Com muita comédia pastelão, piadas visuais e trocadilhos, podemos considerar esse reboot de Corra Que a Polícia Vem Aí como uma espécie de sequência dos anteriores, pois agora acompanhamos Liam Neeson no papel do policial cabeça-dura Frank Drebin Jr., filho do policial interpretado por Leslie Nielsen nas clássicas paródias de filmes policiais, que eram muito idiotas e completamente absurdas. Ele é ao mesmo tempo uma atualização do Drebin de Nielsen e uma paródia de todos os justiceiros de olhar frio que interpretou desde que sua carreira foi reinventada por Busca Implacável, em 2008.

O Drebin da nova geração, um policial veterano de Los Angeles com métodos nada ortodoxos, investiga o caso um homem encontrado morto ao volante de um carro elétrico de alta tecnologia com a ajuda de seu parceiro impassível, o Capitão Ed Hocken Jr. (Paul Walter Hauser), filho do parceiro de Drebin Sr., que foi interpretado por George Kennedy nos originais. Frank suspeita de algo sujo, talvez tenha sido um assassinato. Mas sua falta de autoconsciência, sem mencionar o caos que ele deixa em seu rastro por ser completamente sem noção, o tira do caso.

Não demora muito para que ele continue a farejar fora do horário de trabalho e Debrin sente que precisa confrontar o sinistro dono da empresa que inventou o veículo do caso, o bilionário Richard Cane (Danny Huston). Esse novo vilão tem o plano de purificar o mundo por meio de um pulso eletromagnético que leva o povo a um frenesi assassino – sim, trama lembra muito a de Kingsman: Serviço Secreto em alguns momentos. Então, no meio do caminho, Drebin se apaixona pela irmã do falecido, Beth, uma romancista de crimes reais interpretada por Pamela Anderson, que o ajuda a conseguir pistas para desvendar a morte de seu irmão. Anderson e Neeson encenam alegremente as piadas mais cruas do filme, dois atores de áreas completamente diferentes encontrando uma harmonia maluca nessa intersecção das mais estranhas.

Mas a trama não é o mais relevante aqui… As piadinhas do novo lançamento começam na escalação do elenco: apesar de nomes semelhantes, os dois atores que protagonizam as duas versões não tem nenhuma relação –  e não param até os últimos créditos falsos e cheios de trocadilhos. Além disso, todo o enredo grandioso e apocalíptico gira em torno de um dispositivo identificado na tela como o Dispositivo P.L.O.T.. O diretor Akiva Schaffer, ex-integrante do Lonely Island, que coescreveu ao lado de Doug Mand e Dan Gregor (com a ajuda do produtor Seth MacFarlane), entende que um filme dessa franquia precisa ter tantas piadas que você provavelmente perderá algumas delas na primeira vez. Nem todas elas funcionam, mas essa é a vantagem de fazer uma atrás da outra: se uma não funcionar, você será sugado para outra em pouquíssimo tempo.

Não há nada de verdadeiramente novo em um novo lançamento construído sobre a estrutura de uma comédia lançada na década de 1980 e assim como os antecessores, ele é divertido e agradável, mas ao mesmo tempo descartável e esquecível. Todos neste filme interpretam cada coisa insana com uma cara totalmente séria, nunca demonstrando um pingo de constrangimento ou desconforto ao serem solicitados a fazer as coisas mais idiotas, como se tudo fosse totalmente natural, trazendo um tipo de bobagem que não via há tempos no cinema. A ausência generalizada de comédias de grandes estúdios desse calibre nos cinemas atualmente certamente fará com que os fãs do gênero fiquem muito felizes com esse lançamento.

Corra que a Polícia Vem Aí estreia em 14 de agosto, com distribuição da Paramount Pictures.

3

Bom

Fazendo jus ao seu marketing, Corra Que a Polícia Vem Aí traz de volta as comédias bobas aos cinemas, entregando mais da fórmula que tornou a franquia um sucesso nas décadas de 80 e 90, além de mostrar Liam Neeson como nunca vimos antes.

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