A Bruxa dos Mortos: Baghead A Bruxa dos Mortos: Baghead

A Bruxa dos Mortos: Baghead I Crítica

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A Bruxa dos Mortos: Baghead, novo filme dos mesmos produtores de It: A Coisa e Noites Brutais, conta a história de Iris (Freya Allan), uma jovem que está desempregada e passando dificuldades. Ela recebe a notícia da morte de seu pai distante (Peter Mullan) e mesmo sem ter contato com ele, vai até Berlim, onde ele vivia, para reconhecer o corpo e cuidar dos pertences do pai. Então, ela descobre que é a herdeira de um pub antigo e dilapidado chamado The Queen’s Head – cenário perfeito para que coisas bizarras aconteçam.

Os motivos para o filme com um pub tipicamente britânico, com um nome tipicamente britânico e personagens britânicos se passar em Berlim é um mistério, já que não é dada nenhuma explicação sobre esse fato. Enfim, seguimos.

Um rapaz chamado Neil (Jeremy Irvine) invade o local na primeira noite em que Iris passa no pub e oferece uma boa quantidade em dinheiro para que ela o deixe falar com a mulher que vive no porão, que até então ela não sabe da existência. Como a quantidade que ele oferece é muito boa, ela resolve pedir que Neil volte na próxima noite, pois ainda não está com todas as chaves do local.

No dia seguinte, sua amiga Kate (Ruby Barker) chega para passar um tempo com Iris e finalmente assina a papelada para se tornar dona do pub. Neil retorna ao local e todos eles seguem para o porão para que ele realize seu desejo. A princípio as garotas acham que tudo não passa de uma brincadeira, até que uma mulher aparece de um buraco na parede e encarna uma pessoa morta que fez parte da vida de Neil.

Eles fogem do porão após o susto e então Iris resolve assistir a uma fita VHS que seu pai deixou com instruções para o próximo dono do pub. A fita informa que quem assina a escritura estará ligado a esta criatura subterrânea capaz de incorporar os mortos para sempre e deve seguir um conjunto de regras para impedir que ela escape. Ela também descobre que por ser a nova guardiã, ela em alguns poderes sobre a bruxa, que fazem com que ela não consiga escapar de sua prisão.

Como Neil ainda está tentando entrar em contato com uma pessoa que já faleceu e Iris acredita que pode controlar a entidade, ela resolve aproveitar a oportunidade para lucrar – mesmo com os avisos de seu pai de que ela deveria ficar o mais longe possível do porão e não pedir para que a bruxa use seus poderes, pois isso a fortalece. Obviamente, eles não conseguem deixar a bruxa com um passado terrível em paz e por isso, sofrem as consequências.

A Bruxa dos Mortos: Baghead tem vários dos clichês do terror em seu enredo: porões sombrios em locais abandonados, maldições, uma trilha sonora envolvente, contato com os mortos e claro, não poderiam faltar os personagens que parecem ser muito mais burros do que a média e só tomam decisões erradas.

A dor do luto e da perda de entes queridos poderia ter sido explorada de forma muito melhor, trazendo um peso dramático maior, que faria com que o público pudesse se conectar com esses personagens, assim como em O Babadook ou Fale Comigo – filmes que serviram como inspiração para a dupla de roteiristas Bryce McGuire e Christina Pamies. Porém, o roteiro procura focar tanto nos tropos do gênero de terror que acaba esquecendo de dar alguma dimensão aos personagens, criar situações que sejam convincentes ou conter diálogos minimamente coerentes.

Apesar disso, a premissa é interessante, alguns momentos de tensão foram razoavelmente construídos e é possível levar um ou outro susto. Ainda assim, não vale o ingresso.

A Bruxa dos Mortos: Baghead chega aos cinemas em 8 de fevereiro de 2024.

 

1.5

Ruim

Apesar de ter uma premissa interessante e dar alguns bons sustos, A Bruxa dos Mortos: Baghead desperdiça seu potencial em um amontoado de clichês mal explorados e personagens com os quais é muito difícil de importar.