Crítica | Mistress America é mais uma boa parceria de Noah Baumbach e Greta Gerwig

A parceria do diretor Noah Baumbach e da atriz Greta Gerwig continua bem sucedida. Depois do excelente Frances Ha (2013), a dupla retorna com Mistress America, mais uma inteligente comédia sobre a crise dos 30 anos.

O roteiro de Gerwig e Baumbach acompanha a jornada de uma personagem a procura de um ideal, de uma reviravolta na monótona vida. Tracy (Lola Kirke) é uma estudante de 18 anos que segue uma vida pacata e com dificuldade em fazer amizades. Seguindo a sugestão da mãe (Kathryn Erbe), ela decide morar na cidade grande com Brooke (Gerwig), a filha do atual companheiro da mãe, ou seja, será sua futura irmã.

Brooke aparentemente leva uma vida que Tracy procura com muitas ocupações, pessoas ao redor, o que desperta repentinamente uma admiração. O roteiro acerta em cheio no relacionamento entre as duas e o quanta ambas tem mais em comum do que imaginam. Tanto Tracy quando Brooke sentem o peso da responsabilidade com o passar dos anos e, com isso, o medo de meter os pés pelas mãos.

De forma natural e espontânea, o longa segue a jornada do amadurecimento de duas personagens e o quanto os percalços e decepções fazem parte para um crescimento.

Baumbach apresenta mais um trabalho eficiente e sabendo trabalhar com muita propriedade as suas protagonistas. Com diálogos pontuais, o diretor mostra um olhar crítico para a atual geração que se esconde nas redes sociais e vivem um “mundo perfeito”. Não é a toa que o diretor assim como em Frances Ha, remete aos anos 80 no visual da produção, desde a trilha sonora até a fotografia mais crua e com caráter atemporal.

Mistress America é mais uma interessante comédia indie de uma dupla deveras talentosa. Recomendo!

 

  • Ótimo
4

Resumo

Baumbach apresenta mais um trabalho eficiente e sabendo trabalhar com muita propriedade as suas protagonistas. Com diálogos pontuais, o diretor mostra um olhar crítico para a atual geração que se esconde nas redes sociais e vivem um “mundo perfeito”. Não é a toa que o diretor assim como em Frances Ha, remete aos anos 80 no visual da produção, desde a trilha sonora até a fotografia mais crua e com caráter atemporal.