Crítica | Missão: Impossível – Nação Secreta

Missão: Impossível talvez seja a única franquia de ação/aventura que em seus 19 anos consiga manter uma coesão e fôlego da mesma forma que seu protagonista. Aos 53 anos, Tom Cruise novamente encarna o herói Ethan Hunt com a mesma competência que o original de 1996.

Em Nação Secreta, o quinto filme da franquia, Hunt enfrenta o Sindicato, uma rede terrorista responsável pelo principais atos de terrorismo ao redor de globo e, está desmembrando os agentes da FMI, eliminando um por um. Com a ajuda da misteriosa Ilsa Faust (Rebecca Ferguson) e dos velhos companheiros Benji Dunn (Simon Pegg), Luther Stickell (Ving Rhames) e William Brandt (Jeremy Renner), Hunt vai em busca de capturar Solomon Lane (Sean Harris), o líder do Sindicato.

Dirigido e escrito por Christopher McQuarrie (Jack Reacher – O Último Tiro), Missão: Impossível – Nação Secreta traz o mesmo ambiente dos filmes anteriores: cenas eletrizantes de ação, o herói tentando provar seu valor, uma misteriosa femme fatale e uma invasão a um local superprotegido. Contudo, McQuarrie consegue reciclar de maneira eficaz tais elementos, buscando referências aos clássicos filmes de espionagem.

Jamais nos 120 minutos de fita a narrativa se torna cansativa ou enfadonha. A sequência inicial já apresenta a famosa cena de Tom Cruise pendurado do lado de fora de um avião em um plano que poderia ser o clímax do filme. Montada de forma desafiadora e sem o uso de dublê, a cena comprova a entrega de Cruise aos filmes que trabalha.

É admirável a energia do ator e sua paixão pelo que faz. Em todas as cenas, Cruise demonstra uma intensidade total, algo que poucos atores conseguem desempenhar hoje em dia. Sem dúvidas, o ator é o principal astro de filmes de ação da atualidade.

Todas as sequências de ação são bem situadas e sempre buscando o mínimo uso do CGI. O interessante é que por mais eletrizantes que sejam as cenas com destruições, perseguições de moto e uma invasão subaquática, a construção das cenas consegue colocar o telespectador bem estabelecido e jamais desafiando a inteligência e principalmente a paciência, algo que Michael Bay é mestre em fazer.

Outra novidade neste longa é o bom uso do humor, algo já utilizado eficientemente em M:I 4. Explorando de maneira eficaz o timing cômico de Simon Pegg como Benji, o roteiro brinca com a imagem de Ethan Hunt como alguém capaz de realizar qualquer missão, por mais louca e insana que possa ser.

A bela sueca Rebecca Ferguson não decepciona no papel da protagonista feminina, capaz de desempenhar com a mesma eficiência as sequências de ação quanto Tom Cruise. Fica a esperança para que Ilsa Faust continue na franquia. Sean Harris também merece uma menção como o vilão Solomon Lane. O britânico faz uma composição de um vilão de inteligência ímpar e que consegue impor o medo e respeito pelo tom de voz sempre tranquilo, mas que consegue transmitir a crueldade.

Entre tantos blockbusters que estrearam esse ano, pouco deram atenção a Missão: Impossível – Nação Secreta, que precisou antecipar sua estreia (antes prevista para dezembro) para não competir com Star Wars – Episódio VII. Pode ser que o longa não esteja na lista das principais bilheterias do ano, mas está na lista do Poltrona das melhores grandes estreias dada sua diversão, agilidade e entregar ao público o que sempre promete: uma história envolvente e um herói espetacular.

  • Ótimo
4

Resumo

Entre tantos blockbusters que estrearam esse ano, pouco deram atenção a Missão: Impossível – Nação Secreta, que precisou antecipar sua estreia (antes prevista para dezembro) para não competir com Star Wars – Episódio VII. Pode ser que o longa não esteja na lista das principais bilheterias do ano, mas está na lista do Poltrona das melhores grandes estreias dada sua diversão, agilidade e entregar ao público o que sempre promete: uma história envolvente e um herói espetacular.