Diário de um Escritor #4 | Terminando seu livrinho

Ainda estamos nos passos iniciais e há muito potencial para ser explorado, especialmente sendo que esta é apenas a quarta coluna do Diário de um Escritor. Espero ter, sinceramente, muita coisa para ensinar. Enfim, aqueles que tem acompanhado minha jornada e minhas palavras pouco sabem sobre mim. Dei-me por conta disto no último final de semana enquanto autografava meu novo livro na Feira do Livro de Pelotas, aqui no RS. Fiz algumas poucas apresentações, mas nada demais. Então hoje vou ser um pouco egoísta e dedicar a mim. No entanto, tudo tem sua causa boa.

Como alguns já devem saber, comecei esta jornada quando tinha meus catorze anos e publiquei a primeira vez com quinze. De fato, parece um longo tempo, mas faz apenas três anos. Desde então persegui a carreira literária e já publiquei três romances, enquanto tenho sexto em lento andamento. Me aborrece que o universo conspira contra a história e não sinto o momento certo para escrever, apesar de possuir a urgência. Já estive em algumas mídias por aí, conversei com algumas pessoas, dei algumas palestras, mas nada demais. Não sou famoso, mas se puder curtir minha página, agradeço. Meu último lançamento literário foi Ídolo Quebrado. É um romance sobre um escritor cuja vida está praticamente perdida, sem fé, emoção nem nada. Até conhecer Morgan. O cara simplesmente sabe tudo sobre nosso protagonista e decide virar a vida dele de cabeça para baixo, apresentando-lhe pessoas que irão mudar sua perspectiva da vida – e de tudo. E adivinhem? Hoje começa a rolar sorteio do livro lá na minha página. Então, novamente curte lá.

Deixando-me um pouco de lado, na semana passada falamos sobre dominar totalmente a sua ideia. Sim. É uma questão difícil. Ideias parecem cavalos arredios que não querem ser dominadas. Roubando o toque genial de Christopher Nolan em A Origem, uma ideia pode, definitivamente, destruí-lo. E até reconstruí-lo. Você pode ganhar um propósito com isso. E caso tenha seguido minhas dicas (não precisa ser à risca não, relaxa) já deve estar com a cabeça fervilhando. Se você tem algumas páginas de seu romance, genial. Já sabe o que fazer depois?

Saiba que não é errado ficar preocupado.

A maioria das pessoas fica preocupada. Tanta preocupação que desiste na metade do caminho. Sim, tenho noção sobre a trilha ser difícil. Como já mencionei algumas vezes, depois da ideia, é necessário muita persistência. Você precisa de um tempinho livre para se dedicar à literatura. Quando a urgência bater e as palavras forem surgindo, então tudo toma forma e começa a ser bem mais fácil.

Lembre-se de não gastar oito anos da sua vida escrevendo um livro, por favor.

Depois que o livro estiver prontinho, saído do forno, é necessário entrar em uma área bem chata. Trabalhar em conjunto. Pessoalmente, não sou bom trabalhando em grupo. Gosto de fazer as coisas de modo mais dinâmico e bem rápido. Não espero por ninguém e, se tiver de esperar, fico profundamente frustrado. No entanto, a parte da revisão é assim mesmo. Você vai precisar revisar o livro por si mesmo, lógico. Veja se a história está bem amarrada (lembre-se: seus leitores não vão perdoar furos e irão comê-lo vivo por isso), descubra se não falta nada ou se uma cena realmente encaixa. Retire tudo o que precisa, adicione o necessário, refaça algumas palavras, corrija outras e chegou a hora de trabalhar em conjunto.

Você precisa de um revisor.

 

Na próxima coluna vou falar mais sobre a dinâmica de um revisor, onde habitam e do que se alimentam. Enquanto isso, está rolando um sorteio do meu livro querido ídolo Quebrado (e minhas anotações originais do romance) lá na minha página até o dia 7 de dezembro. Basta compartilhar a imagem da promoção, participar no aplicativo e curtir a minha página!