Análise: Game of Thrones 6×01 – The Red Woman

Com a temporada do ano passado terminando de maneira trágica para a maioria dos personagens da série, é natural que o 6×01 do domingo passado funcione como uma espécie de ressaca.

Começando exatamente onde havia parado, vemos o corpo de Jon ser resgatado da sarjeta de Castle Black por Davos Seaworth (o mais recente ex Mão do Rei de Westeros), o que começa a nos dar a enorme esperança de que esse não será apenas o fim do mais novo ex-comandante da patrulha da noite.

Ele vai voltar? Em uma terra onde literalmente a morte pode significar nada para esse ou aquele personagem, as teorias correm solta e há uma enorme corrente que tem absoluta certeza que Jon ainda não chegou perto de viver sua maior participação na série, teoria essa que não será discutida aqui, mas em outro post, dedicado apenas a isso. Talvez Edd consiga reunir o grupo de selvagens de Thormund e salvar o dia pelas bandas da Muralha. Porém, se isso acontecer, os poucos membros da Patrulha da Noite serão reduzidos a um número tão perto de 0 que a partir dali é cabível dizer que não haverá mais alguém para defender e vigiar a Muralha. Palpite? Palpite.

Enquanto Arya tenta se adaptar a uma vida de cega(castigo por roubar uma vida que não lhe pertencia) enquanto continua sofrendo o Bullying agressivo da menina que na verdade é Ninguém, Tyrion finalmente para momentaneamente de viver baixos(desculpa) em sua vida e começa a tentar entender como gerir Meereen.

A frota naval em chamas foi mal outro golpe dos filhos das harpias, consequência direta do caos que Dany criou ao tentar bater de frente com as tradições do lugar que comanda, com o intuito de salvar o máximo de pessoas possível (Qualquer semelhança com a história de Jon Snow talvez não seja tanta coincidência assim).

No meio de incontáveis desencontros e finais tristes, para não dizer horríveis, finalmente Sansa encontrou a salvação que Brienne sempre quis oferecer a ao menos uma das filhas da finada (ou não) Catelyn Stark. Agora que Sansa não mais faz parte do jogo patriarcal dos Bolton de fixar seu poder em Winterfell, o futuro de Sansa e seu mais recente formado grupo é um dos mais incertos da série.

Indo para o sul, vemos mais outra vez que Dorne é, sem sombra de dúvidas, um dos territórios mais mal trabalhados na série. Introduzida de maneira um tanto aleatória e jogada na quinta temporada, o que tinha potencial para ser um fortíssimo núcleo na série perdeu ainda mais seu brilho em apenas um episódio. Enquanto as filhas da víbora executam um Golpe De Estado em Doran Martell, primeiro de seu nome, seu guarda costas e maior guerreiro de Dorne, Areo Rotah, um gigante, morre com uma facada nas costas. Com Doran morto, resta apenas Tristane, seu filho prometido a Myrcella, que havia embarcado junto com ela para Porto Real.

Aparentemente a salvo, de alguma maneira duas das víboras o matam ali mesmo, em seu quarto, no navio, muito depois dele ter embarcado. Como? Elas não estavam de vestido no porto? Acenando pro navio? A história foi mal contada, há erro de continuidade? Bom, pouco importa, já que mesmo Dorne sendo uma das maiores cidades de Westeros, sua participação na trama e na riqueza da série é quase mínima.

O ponto alto do episódio fica com Melissandre e sua mais outra demonstração de poder. O tal feitiço de mudar a forma de determinado indivíduo já foi mostrado anteriormente em determinada parte do livro pela própria mulher, mas em outra pessoa. Há quem diga que há aqui outro erro de continuidade, já que a feiticeira vermelha aparece sem colar muitas outras vezes ao longo da série. Porém, há de se entender que existe ali a participação de alguma poção no feitiço, aparentemente mostrado pelo jogo da câmera na hora.

Tal revelação terá algum propósito no futuro? De qualquer forma, temos aqui outro motivo para entender que Melissandre é muito mais que um corpo bonito. No fundo, queremos apenas que Jon seja salvo por seu Deus Vermelho.