Crítica | Digimon Adventure Tri. [Determination] – Muitas perguntas, poucas respostas

Enfim chegou o segundo capítulo de Digimon Adventure Tri., trazendo o tema Determinação.

O capítulo se inicia numa Cidade do Princípio um pouco destruída e, com ela, alguns digimons que já conhecemos muito bem, como Elecmon, OgremonLeomon. Também contamos com o Ken, o Imperador Digimon que todos conhecemos.

Passada a reapresentação dos personagens que tivemos no primeiro capítulo, o segundo começa a trabalhar mais em cada um e apresentar as suas tramas. Os escolhidos da vez são Joe e Mimi, juntamente com Meiko – que provávelmente se estenderá por toda temporada.

Joe, já apagado desde o reencontro, continua focando nos seus estudos e esquecendo tanto o seu parceiro Gomamon quanto o resto da turma. Engraçado que, tendo o egoísmo de Joe como partida (não é egoísmo de fato, pois temos que lembrar que Japão leva muito a sério essa questão de estudos e tudo mais, então o garoto está bem pressionado com tudo isso), podemos perceber que ele foi o personagem que mais mudou, pois vai contra o que era e contra o brasão que foi dado ao garoto, o da Confiança. Em Adventure, Joe era caridoso e sempre se preocupava com todos os amigos. Já em Tri, ele fica somente no próprio mundinho, numa batalha entre ser criança e ser um adulto, deixando todos de lado e fazendo com que se questione sobre o porquê de ser um digiescolhido e os motivos de ficar lutando. Isso tudo faz com que Gomamon tome uma decisão um pouco crucial em relação a amizade e parceria de ambos, fazendo com que Joe abra os olhos. Talvez não seja somente a confiança de Joe que faz Gomamon mega digievoluir, mas sim a confiança que o próprio Gomamon estava mostrando em Joe durante todo o tempo – a confiança de que Joe nunca o deixaria sozinho.

Quem se mostra muito confiante é Mimi, que voltou de sua viagem toda poderosa e extrovertida. Mimi não perde tempo e logo estabelece uma amizade com Meiko, que por sua vez ainda tem vergonha de tudo e de todas. Ambas estão em uma das poucas cenas de ação do capítulo – que infelizmente são poucas e rápidas. Por sua determinação em ajudar as pessoas e protegê-las dos digimons infectados, Mimi acaba sendo taxada de egoísta por alguns de seus amigos, o que a leva a uma séria conversa com Joe sobre o que são e como estão agindo. Em sua pureza e sinceridade, ela diz que quando acha que alguma coisa é certa ou boa, age como se fosse boa para todos, mas que, na verdade, acaba fazendo que com os outros se sintam pior.

Sim, temos outros pequenos plots que fazem parte do capítulo e que são relevantes. Como Koshiro (ou Izzy) que recebe um e-mail estranho, com uma profecia em linguagem digital que até então desconhece, mas é ela que, muito provavelmente, faz com que Palmon e Gomamon cheguem em suas formas megas. Ele ainda tenta descobrir o que está acontecendo entre o Digimundo e a Terra, assim como o que os digimons infectados querem e porque estão assim.

Após a conclusão do capítulo, várias perguntas são deixadas e poucas são respondidas. O que os infectados querem? Como eles conseguem vir ao mundo tão fácil? Por que Ken estava de volta com Imperador Digimon? Será mesmo que a profecia “É preciso conhecer a escuridão e ir além” é a chave da mega digievolução? O que Meikuumon realmente é e qual a sua importância nisso tudo? Quem são os outros digimons que aparecem em milésimos de segundos? O que Maiko realmente quer? Será que teremos os Royal Knights?

Isso tudo pode ser respondido, ou não, em Confissão, tema do próximo capítulo que só será lançado em 24 de setembro.

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