Ler é Bom, Vai | Os Legados de Lorien é uma das melhores sagas de todos os tempos!

Primeiramente, feliz ano novo a todos!

Como primeiro Ler é Bom, Vai! do ano, resolvi falar da saga, que há 1 ano fez eu me apaixonar novamente por uma série com mais de 5 livros (o que não acontecia desde Harry Potter). O texto será um pouco maior do que o habitual, pois irei falar de 7 livros + ebooks extras.

Em fevereiro de 2016, meu melhor amigo me fez ler Eu Sou o Número Quatro, primeiro da saga Os Legados de Lorien, e quando percebi já estava comprando os outros 5. Você provavelmente já ouviu falar desse nome, pois é o mesmo do filme de 2011, única adaptação cinematográfica da história. Infelizmente, o filme foi um fracasso e conseguiu ser uma adaptação pior do que Percy Jackson.  Acreditem, o livro é muito melhor, como sempre.

A história gira em torno de 9 jovens alienígenas nascidos no planeta Lorien, um lugar semelhante ao paraíso, destruído por uma outra raça alienígena do planeta Mogadore, os mogadorianos. Pittacus Lore e mais outros anciões lorienos, enviaram os jovens para terra para sobreviver, e quem sabe um dia, reconstruir sua casa. Entretanto, os lorienos não são os únicos com interesses na terra.

Os 9 jovens recebem o nome de Garde, além de um número individual que representa a ordem que foram programados para morrer. Buscando protegê-los dos mogadorianos, os anciões estabeleceram uma espécie de encantamento, onde esses jovens só podem ser mortos em ordem numérica crescente; caso contrário, qualquer tipo de tentativa de assassinato fora da ordem, vira contra o agressor.

“Nosso plano era crescer, treinar, ser mais poderosos e nos tornar apenas um, e então combatê-los. Mas eles nos encontraram antes. E começaram a nos caçar. Agora, todos nós estamos fugindo. O Número Um foi capturado na Malásia. O Número Dois, na Inglaterra. E o Número Três, no Quênia. Eu sou o Número Quatro. Eu sou o próximo.”

Não estranhem o nome do autor, é o mesmo do ancião citado anteriormente. Pittacus Lore é o pseudônimo de James Frey e Jobie Hughes, autores da saga, mas que preferiram fazê-la como uma espécie de livro de memórias de Pittacus. O ancião passou seus últimos 12 anos de vida na Terra, e conta em seus livros, a história daqueles responsáveis pela lembrança de Lorien.

Em cada obra conhecemos um novo integrante da Garde, aquele mencionado no título do livro, ou seja, número Quatro, Seis, Nove e por aí vai. Além deles, somos apresentados também a seus Cepans, lorienos mais velhos enviados a terra para proteger seu respectivo jovem. Uma coisa é predominante em todos as 7 tramas, o ritmo frenético e tenso que circula as crianças, com raros momentos de tranquilidade e segurança.  John, o Número Quatro, está sempre presente, mas cada personagem tem um momento nos livros e capítulos.

O planeta Lorien foi devastado pelos mogadorianos, e seus habitantes, dizimados. Exceto nove crianças e seus guardiões, que se exilaram na Terra. Eles são como os super-heróis que idolatramos nos filmes e nos quadrinhos – porém, são reais.

Como ja foi visto em Eu Sou o Número Quatro, não são apenas os lorienos e mogadorianos que protagonizam a história. Logo de cara conhecemos Sam, um jovem humano que sofre bullying na escola até a chegada de John e cujo pai desapareceu misteriosamente. Além dele, juntam-se a causa Sarah, por quem John logo se apaixona, e Mark James, ex namorado da menina. E como não podia faltar, existem animais de Lorien que também foram enviados para cá, chamados Chimaeras, com destaque para o beagle Bernie Kosar.

A partir do terceiro livro, finalmente nos é apresentado o líder do planeta Mogadore, Setrákus Rá, e aí percebemos que não estamos lendo livros infantis. Não há um final feliz em cada trama, tendo desaparecimentos e mortes de personagens extremamente queridos por nós. Não, isso não é um spoiler, pois a partir do momento que a Garde vai se reunindo, o encantamento é quebrado e todos podem morrer, independente de seu número. John, Seis, Nove, Marina e Oito fazem o possível para encontrar os membros restantes e conseguir, por fim, destruir toda a raça mogadoriana liderada pelo ex lorieno.  

O que mais fez eu me apaixonar pela saga, além de esperar (im)pacientemente o lançamento de seus livros, é a maneira como os fatos se entrelaçam e guiam o leitor para um pensamento específico. Mesmo sem a existência dos outros filmes, conseguimos imaginar como tudo está acontecendo, como são seus personagens e, até mesmo, o que irá acontecer.

A ideia de não revelar o nome de seus atores foi muito boa, pois os livros realmente representam a visão de um lorieno de tudo aquilo que está acontecendo. Hoje em dia, existe um cardápio vasto do assunto alienígenas vivendo na Terra, e poder ler um material original, bom e bem escrito, é certamente uma ótima experiência. Obrigada Pittacus!

“Os seis são poderosos, porém não são fortes o suficiente para enfrentar um exército inteiro, mesmo com o retorno de um antigo aliado. Para derrotar os mogadorianos, cada um deles precisará dominar seus Legados e aprender a trabalhar em equipe. O futuro incerto faz com que eles busquem a verdade sobre os Anciões e seu plano para os nove lorienos escolhidos”.

Pode parecer que 7 livros seja muita coisa, mas certamente foi o que muitos pensaram ao ler “A Pedra Filosofal”. O assunto é tão bem abordado e elabordo, que terminamos o último com aquela já conhecida depressão pós término de um livro. Em momento algum o leitor é “enrolado” ou algo do tipo, pois existe um conteúdo novo e persistente em cada novo capítulo. Aprendemos a gostar até mesmo de alguns mogadorianos!

Esse ano, finalmente a saga Os Legados de Lorien teve seu desfecho e já estou com saudades. Compartilhei cada sentimento de ódio e raiva que surgiu em John após a perda de uma pessoa próxima, e toda a guerra finalmente toma forma. Diferente do que muitos julgam apenas pelo filme, o enredo desenvolvido por Pittacus Lore é maravilhoso e deveria ser lido por todos aqueles que gostam do assunto. Duvido você não gostar, se apaixonar por cada personagem, chorar em cada morte e sorrir quando algo bom acontece.

“- Olhe por esse lado – sussurra Sam quando vai até os outros. – Humanos, lorienos, mogs… temos o primeiro encontro das Nações Unidas Intergaláticas aqui. É um acontecimento histórico.”

O último livro fecha com chave de ouro, pois é nele que a grande batalha acontece. Ainda balançados pela perda no anterior, os jovens só querem saber de destruir Setrákus Rá, além de toda a horda mogadoriana. Assim como nós, a Garde não aguenta sofrer e usa tudo o que tem para acabar com tudo. O planeta Terra é o palco da grande guerra entre lorienos, humanos de todo o mundo, chimaeras e mogadorianos. Sim, o final é positivo, mas muito se lutou para chegar a ele.

Não pensem, porém, que após tanta guerra teremos um “felizes para sempre”, pois a vida não é assim. Mais uma vez, Pittacus está de parabéns por aquilo que escreveu. Uma saga composta por drama, romance, ação, suspense e aventura, e que definitivamente está entre as melhores de todos os tempos!

Ps: Existem e-books entre os livros, chamados de Os Arquivos Perdidos, e são complementares aos principais. Não deixem de lê-los, pois contém muitas informações referentes aos personagens . Todos estão disponíveis online na internet e no Amazon!

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