Crítica | Para Sempre Alice

Matthew McConaughey ganhou todos os prêmios possíveis por sua incrível atuação em Clube de Compras Dallas (2014). Hoje é Julianne Moore que se consagra com todos as prêmios conquistados, incluindo o Oscar, por seu trabalho em Para Sempre Alice. A semelhança entre os dois é simples: filmes que destacam inspiradas atuações de seus respectivos protagonistas.

Inspirado no romance de Lisa Genova (2007), a trama segue o drama de Alice Howland, uma renomada professora de linguística, diagnosticada com Alzheimer aos 50 anos, o que é raro para a idade. Com o apoio do marido (Alec Baldwin) e das filhas (Kate Bosworth e Kristen Stewart), Alice busca força para enfrentar os problemas da doença, que começam a afetar seu rendimento no trabalho e os afazeres simples de casa.

Dirigido pela dupla Richard Glatzer e Wash Westmoreland, Para Sempre Alice documenta toda a evolução clínica de Alice, e aí, que Julianne Moore brilha, porque seu trabalho carrega o filme nas costas. O longa segue um rito básico e pouco inspirador, vide a trilha comum e uma fotografia ok. Contudo, a presença de Moore em cena é incrível a cada minuto. A atriz demonstrou o cuidado para não transformar Alice em uma figura melodramática, o que poderia render em uma atuação repleta de maneirismos, e seria deveras cansativo para quase 2 horas de projeção.

Para engrandecer seu trabalho, Moore conta com uma boa ajuda de seus coadjuvantes. Destaco a presença de Kristen Stewart, como a filha mais nova, e que demonstra uma surpreendente maturidade em encarar a doença da mãe. Com as duas em cena que seguem os melhores momentos do longa. A sequência final mostra um trabalho impecável de Moore e Stewart, responsável por algumas lágrimas escorrerem durante a sessão.

Para Sempre Alice foi um trabalho que consagra a carreira de Julianne Moore, que levou seu primeiro Oscar em 2015, algo que já deveria ter acontecido antes nas atuações de As Horas ou Boogie Nights – Prazer Sem Limites.

Sempre criticada pela inexpressividade, Stewart foi uma grata surpresa e demonstra uma atriz madura e segura, que poderia ter recebido uma indicação a atriz coadjuvante, se não fosse pela alta concorrência na categoria deste ano.

No mais, um longa honesto e que destaca a força de duas atrizes.

  • Bom
3

Resumo

Para Sempre Alice foi um trabalho que consagra a carreira de Julianne Moore, que levou seu primeiro Oscar em 2015, algo que já deveria ter acontecido antes nas atuações de As Horas ou Boogie Nights – Prazer Sem Limites.