Crítica | Operação Big Hero

Operação Big Hero

Depois de um período de vacas magras, a Disney voltou forte com o sucesso Frozen – Uma Aventura Congelante, a primeira animação do estúdio a superar a marca de 1 bilhão de dólares. Um dos motivos para o sucesso foi o retorno às suas origens e a confirmação dessa nova fase se concretiza com Operação Big Hero, a primeira animação inspirada em personagens da Marvel.

A parceria entre as duas empresas rende um dos longas animados mais divertidos do ano, e que a Marvel está sabendo muito bem lidar com seus personagens, sejam no cinema, TV e agora em animações. Assim como aconteceu com Guardiões da Galáxia, o estúdio apresenta personagens desconhecidos do público, mas com a pessoas certas trabalhando conseguem despertar o interesse e conquistam a audiência.

A trama é situada em San Fransókio (uma fusão de San Francisco e Tóquio) e acompanha os irmãos Tadashi e Hiro Harada, dois jovens gênios criados pela tia. Apaixonados por robótica, Tadashi estuda em uma universidade renomada e com um laboratório para trabalhar e deixar sua mente fluir. Enquanto isso, o pequeno Hiro usa suas engenhocas para participar de lutas clandestinas entre robôs. Percebendo seu potencial, Tadashi convence Hiro a frequentar o laboratório. É lá que Hiro conhece seus futuros amigos Honey Lemon, Go Go Tomago, Wassabi, Fred e o robô Baymax, uma invenção de Tadashi.

No melhor estilo Marvel, todo jovem herói precisa de uma grande motivação para sua existência. E a forte relação entre os irmãos Hiro e Tadashi é a grande força do filme, motivada pelo cativante robô Baymax.

Dirigido por Don Hall e Chris Williams (os mesmos de Frozen), a relação fraterna é mais uma vez evidente aqui e os dois conduzem bem a narrativa no roteiro escrito por Hall, Jordan Roberts, Duncan Rouleau, Steven T. Seagle. Visando o público infantil, os valores familiares são bem apresentados. “Não planejamos ser heróis, mas coisas inesperadas podem acontecer”, diz em determinado momento Hiro, trazendo de volta aquele conceito de aventura visto em Os Goonies e de que somos capazes de fazer a diferença e que o conceito de heroísmo está existente em todos nós.

Com personagens carismáticos, principalmente o robô Baymax (que vai deixar muita gente em lágrimas), Operação Big Hero é mais um entretenimento de qualidade com o selo Marvel, agora em parceria com a Disney. Nem a dublagem sem inspiração dos apresentadores Marcos Mion, Kéfera Buchman, Fiorella Matheis e Robson Nunes tira o brilho desta animação bastante equilibrada e que vai agradar crianças e adultos.

O longa evidencia que o amor entre irmãos (Hiro e Tadashi) e uma amizade sincera (Hiro e Baymax) são coisas que devemos guardar com carinho e nunca desperdiça-las em nossas vidas.

Ps: Há uma cena extra durante os créditos finais e vale muito a pena esperar para ver.

  • Ótimo
4

Resumo

O longa evidencia que o amor entre irmãos (Hiro e Tadashi) e uma amizade sincera (Hiro e Baymax) são coisas que devemos guardar com carinho e nunca desperdiça-las em nossas vidas.