Crítica | O Garoto da Casa ao Lado

Rob Cohen nunca conseguiu se firmar como um diretor. Apesar de um início de carreira interessante com Dragão: A História de Bruce Lee (1993), Coração de Dragão (1996) e Daylight (1996) e Velozes e Furiosos (2001), vieram as bombas como Triplo X (2002), Stealth – Ameaça Invisível (2005), A Múmia: Tumba do Imperador Dragão (2008), A Sombra do Inimigo (2012), e agora O Garoto da Casa ao Lado, um suspense clichê, que só não arrancou bocejos pelo esforço de Jennifer Lopez de trazer algo de interessante no longa.

Usando o erotismo e voyeurismo como pano de fundo, a trama segue Claire Peterson (Lopez) uma professora recém-divorciada e ainda frágil com a situação. Buscando um reinício junto com o filho, a bela mulher cai nos encantos do vizinho adolescente (Ryan Guzman), mas a relação de apenas uma noite gera consequências terríveis, quando o garoto se mostra obcecado e passa a atormenta-la.

Já que o roteiro é bastante raso e não apresenta nenhuma virtude, o longa se resume em usar os atributos físicos de seus protagonistas. Lopez é sempre vista com roupas transparentes, que destaca seu belo corpo. Aos 45 anos, a atriz vai causar inveja em muita garota de 20 anos. Uma pena que sua personagem é um mero objeto sexual. O mesmo vale para Guzman, que basta mostrar seus músculos para Claire ceder.

Em longas do gênero, o que prevalece é a delicadeza, a sedução e o erotismo. Desde o início, Cohen demonstra não ter sido a escolha ideal, já que sua direção é grosseira e acredita que prevalecer os corpos seminus é sensualidade. Esse tom sensual tem como desculpa dos personagens sempre aparecerem em planos escuros. O estranho é que para uma mulher divorciada e experiente, Claire demonstra uma total irresponsabilidade sobre segurança e privacidade em sempre deixar sua janela aberta rondando pela casa com roupas íntimas.

O Garoto da Casa ao Lado tinha potencial para ser um thriller regular. Mas a falta de criatividade de seus realizadores faz do longa uma produção B e sonolenta para o público.

  • Ruim
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Resumo

O Garoto da Casa ao Lado tinha potencial para ser um thriller regular. Mas a falta de criatividade de seus realizadores faz do longa uma produção B e sonolenta para o público.