Crítica | O fim dos Jogos Vorazes

Há três anos os jogos começaram para nós e agora, em 18 de Novembro de 2015, eles chegam ao final.
O primeiro filme da franquia atraiu milhares de fãs ao redor do mundo para o enredo criado por Suzanne Collins, usando a fórmula mágica ação mais distopia mais Jennifer Lawrence desempenhando o papel incrível de uma jovem e corajosa Katniss Everdeen.

Em Chamas, o segundo lançamento da Lionsgate baseado na trilogia, seguiu a mesma fórmula e acrescentou mais unidades para a somatória: novos personagens tão talentosos quanto Katniss que trouxeram a trama um ritmo ainda mais rápido do que o primeiro longa, mantendo assim os já então fãs e conquistando outros.

Com isso Jogos Vorazes acabou por erradicar a norma de que filmes com ação juvenil não eram bons o suficiente para serem respeitados.

Contudo, a sequência, A Esperança, foi dividida em duas partes, fazendo com que a primeira ficasse com todo o papo mais intelectual e político dos longas, dando uma considerada diminuída no ritmo das produções – e fazendo pessoas, como eu, ficarem um pouco desapontadas por terem chego ao cinema esperando tantas cenas eletrizantes e de tirar o fôlego como no anterior.

Apesar das cenas finais de A Esperança – Parte 1 terem ganho uma acelerada de tirar o fôlego (ou te fazer gritar), a segunda parte e o último filme, A Esperança – O Final, ainda acabou com algumas sobras dessa parte mais “séria” do enredo, onde parece que tudo o que vemos é Katniss fazendo novos discursos para atrair mais rebeldes. E depois de aguenta-la fazendo toda política necessária na primeira parte, já estamos mais do que entendidos do que ela significa, então em algumas cenas em que ela grita mais uma vez a revolta contra Snow e a Capital, podemos tirar uma breve soneca.

Mas que seja muito breve, pois você estará fora da sua cadeira por pelo menos uma hora de filme.

Em A Esperança – O Final, a fórmula mágica está de volta: temos cenas de ação que podem deixar Vin Diesel comendo poeira com seu último Velozes e Furiosos e efeitos tão bem entregues quanto o que pudemos ver em Harry Potter.

Katniss Everden e o esquadrão 451 (Gale Hawthorne, Finnick Odair, Jackson, Boggs, Homes, MItchell, Leeg 1 & 2 Peeta), acompanhados por Cressida, Messalia, Pollux e Castor, vão para a Capital, com o único objetivo de saírem de lá com suas bandeiras de liberdade – e talvez com a cabeça de Snow. Para isso esforços e vidas, infelizmente, não serão poupados.

Todo grito, choro e lástima do público é esperado, mas deve-se ressaltar que a produtora entregou um filme digno de dizer: “fechou com chave de ouro”.

Como adaptação podemos esperar que alguns detalhes se destoem da obra original de Collins, o que não desfavorece em nada o filme: é um roteiro bem trabalhado, com atuações que não deixam a desejar e dessa vez inclusive temos mais Peeta (Josh Hutcherson) e Gale (Liam Hemsworth) e um relance de como eles realmente significam para o enredo como um todo.

A única ressalva quanto ao final de Jogos Vorazes é que parece ser muito rápido – porque algumas cenas foram postas acima de momentos mais esperados por quem vai assistir ou porque está tudo tão incrível que não queremos dizer adeus.

Depois de querer e assistir muitas vezes O Final, jogaremos novos jogos e deixaremos esses apenas nos pesadelos de Everdeen

Mas que a sorte sempre esteja a seu favor

  • Ótimo
4

Resumo

Como adaptação podemos esperar que alguns detalhes se destoem da obra original de Collins, o que não desfavorece em nada o filme: é um roteiro bem trabalhado, com atuações que não deixam a desejar e dessa vez inclusive temos mais Peeta (Josh Hutcherson) e Gale (Liam Hemsworth) e um relance de como eles realmente significam para o enredo como um todo.