Crítica | Deuses do Egito tinha tudo para ser ótimo, mas não é

Durante o passar dos anos nos deparamos com inúmeros filmes sobre mitologia, seja grega, egípcia, romana, etc…Enquanto alguns diretores conseguiram se destacar e produzir tramas excelentes, outros se limitaram ao “mesmismo” de sempre, apesar da base de todos os filmes ser a mesma.

Depois de perder seus olhos, sua coroa e seu pai em um mesmo momento, o deus dos céus Hórus (Nikolaj Coster-Waldau  de Game of Thrones), resolve se isolar do mundo. Enquanto isso, o jovem ladrão apaixonado Bek (Brenton Thwaites de O Doador de Memórias) faz de tudo para ver sua amada feliz, inclusive roubar o cofre rei. Após uma tragédia, o jovem depende apenas de Hórus para ser feliz novamente. O deus e o mortal formam então, uma inusitada parceria contra Set (Gerard Butler de 300 e P.S. Eu te Amo), que busca governar o mundo, enquanto tentam resolver seus próprios problemas.

A medida que o tempo passa, fica mais difícil criar um roteiro original sobre esse tipo de história. Deuses do Egito possuía toda a capacidade para ser um dos destaques, mas acabou decepcionando. Contando com um elenco de famosos, principalmente seus três protagonistas, o filme consegue um certo destaque, mas não por mérito próprio.

A obra conta com gráficos muito bons, efeitos excelentes e ideia inicial de roteiro ótima, mas a produção final é fraca. Cenas que chegam a ser cômicas, no mais puro estilo “missão impossível”, são frequentes em toda a trama, o que torna difícil dar alguma credibilidade aos momentos de grande ação. Os atores estão bem em seus papéis, não sendo a razão pela precariedade do filme, uma vez que apenas interpretam o que lhes foi ordenado. Para encerrar temos o clássico ” E (literalmente) todos viveram felizes para sempre”, onde até os mortos conseguem voltar a vida em um simples estalar de dedos.

Além dos atores ja citados, a trama conta com Geoffrey Rush ( O Discurso do Rei e A Menina que Roubava Livros), Elodie Yung (Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres), Chadwick Boseman ( Capitão América : Guerra Civil ), Rufus Sewell (O Ilusionista) e Courtney Eaton.

Em suma, é uma pena que tamanho investimento tenha sido feito para um resultado tão debilitado. O filme acaba por adquirir caráter infantil, onde o “bem e o mal” se enfrentam e o resultado é sempre previsível. Depois de tantas produções de qualidade a respeito de mitologia, Deuses do Egito será lembrado por mais um filme de seus protagonistas famosos. E só.

O filme estreia dia 25 de fevereiro nos cinemas brasileiros.

  • Ruim
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Resumo

O filme com gráficos muito bons, efeitos excelentes e ideia inicial de roteiro ótima, mas a produção final é fraca, onde as cenas de ação não impressionam e são extremamente previsíveis. A produção tinha tudo para obter destaque, o que só conseguirá agora devido a seus três protagonistas famosos. É uma pena que tanto tenha sido investido e o resultado tenha saído precário, uma vez que após tantos filmes de mitologia lançados, é necessária uma qualidade tremenda para surpreender.

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